A informação foi avançada pelo governador de Tete, Domingos Viola, que, por pouco, também era, junto do edil da cidade de Tete e outros quadros que o acompanhavam, arrastado pela corrente da água quando estava de regresso numa vistoria sobre o ponto de situação dos estragos causados pela tempestade tropical ANA na outra margem do rio Revúbuè.
Segundo disse o governador de Tete ao “O País”, enquanto a comitiva regressava, decidiu fazer monitoria também na cidade de Tete, recorrendo à Ponte Kassuende. Entretanto, a comitiva foi surpreendida por uma corrente de água que antes havia destruído a ponte sobre o rio Revúbuè. No momento, foram arrastadas quatro viaturas, incluindo a do governador e do edil da cidade de Tete.
“Fizemos trabalhos no memento e conseguimos resgatar maior parte dos ocupantes das viaturas e, neste momento, estamos no terreno e temos três pessoas sobre as árvores e estamos à espera de uma embarcação que teve seu atraso devido aos troncos”, disse Domingos Viola, acrescentando que “o cenário é triste, a ponte sobre o rio Revúbuè desabou, temos mais de duas mil pessoas que sofreram pelas inundações”.
O dirigente disse ainda que muitas casas foram destruídas, seis pessoas até àquele momento tinham perdido a vida, incluindo crianças, devido às inundações nos distritos de Macanga e Tsangano.
À semelhança de Revúbuè, preocupante é também a situação do rio Shiri, outro afluente do Rio Zambeze. A agravar o risco de subida do nível de água, devido às descargas, no Malawi, a montante, a força do Shiri destruiu a Hidroeléctrica de Kapichira.
Enquanto isso, o rio Licungo já está a criar inundações nas zonas baixas. Todos esses estragos são resultantes de chuva e não têm a ver com abertura de comportas.(x) Fonte: O Pais