O Primeiro-ministro diz que o país não está em condições de fazer face aos impactos das mudanças climáticas sem o apoio dos parceiros de cooperação e pede para que compreendam a vulnerabilidade a que estamos expostos e ajudem na mobilização de recursos necessário.
Carlos Agostinho do Rosário está na província de Nampula para aferir o impacto da depressão tropical ANA, que apesar de ter entrado em Moçambique através do distrito de Angoche, parte costeira de Nampula, Zambézia e Tete é que sofreram mais.
O primeiro-ministro não tem dúvida de que esta é mais uma evidência dos impactos das mudanças climáticas, e diz que não é estender a mão, mas é necessária a contribuição dos parceiros de Moçambique para mitigar os seus impactos.
“Nenhum distrito, nenhuma província, nenhum país sozinho…Podem dizer que estão aí, mais uma vez, a estenderem a mão. Não, não é estender a mão. O volume do trabalho a fazer para prevenção e adaptação e resiliência é muito grande e nenhum país sozinho pode fazer. Nós somos um país que não contribui muito para as mudanças climáticas, mas somos um país que mais sofre com elas. Então, temos que mobilizar os nossos parceiros para compreenderem esta situação e junto deles obtermos os recursos necessários para podermos fazer as coisas de uma forma muito mais resiliente e estruturante”, disse o governante esta quarta-feira, quando orientava o Comité Operativo de Emergência, que contou com a presença de organizações
nacionais e internacionais que implementam vários projectos em Nampula. A frequência de eventos extremos é maior nos últimos anos, mas as acções do Executivo parece perderem-se nas intenções. “Só de 2019 até ao ano passado, ocorreram cinco ou seis ciclones e essa frequência de ocorrência de ciclones e a intensidade com que eles aparecem nos leva a dizer que temos que nos preparar para fazermos as coisas de uma maneira muito mais estruturante”, avançou. Carlos Agostinho do Rosário vai ao distrito de Larde onde o centro de saúde de Topuito ficou parcialmente destruído.(x) Fonte: O Pais