Foram ontem a enterrar, no Cemitério Municipal de Mpáduè, na Autarquia da Cidade de Tete, os restos mortais do administrador do distrito de Tete, Tiago José Maria Mandere, que morreu por afogamento no rio Revúbuè, na passada terça-feira.

José Maria, como era carinhosamente tratado, encontrou a morte quando foi arrastado pela fúria das águas do rio Revúbuè, cujo caudal galgou a Estrada Nacional n.º 7, durante um trabalho com a comitiva governamental de monitoria, visando salvar a população afectada pela passagem da depressão tropical “Ana”, na província de Tete.

Os elogios fúnebres, com o corpo presente no Salão Nobre da Assembleia da Cidade de Tete, descreveram Mandere como um homem íntegro, simples e comprometido com a causa da população, facto evidenciado pela forma como morreu.

Em representação do Governo, o vice-Ministro da Terra e Ambiente, Fernando Bemane, referiu que o modo como morreu estimula o humanismo e amor ao povo, pois estava a contribuir para mobilização da população por forma a tomar medidas de segurança face à intempérie.

A secretária do Estado em Tete, Elisa Zacarias, recordou o percurso do professor de carreira, afirmando que desde 1983  Mandere ofereceu o seu contributo no aparelho do Estado, servindo como docente, tendo inclusive fundado a EP2 de Mágoè, para além de ter desempenhado as funções de secretário permanente do distrito de Moatize, director dos serviços provinciais dos combatentes, entre outros cargos.

O Governador de Tete, Domingos Viola, que presidia a comitiva de monitoria, disse que a natureza acabou por trair a equipa e tirou a vida a um dos lendários filhos da província, considerando que a história de Tete é indissociável de José Maria.

“A sua população que se esforçaste para salvar, escapou da depressão tropical e está nos centros de acomodação. Até sempre, colega”, concluiu.

Tiago Mandere morreu aos 64 anos de idade, deixando duas viúvas, seis filhos e 12 netos.(x) Fonte: Jornal Noticias