Filipe Nyusi e a sua homóloga da Tanzânia manifestaram esta sexta-feira, (28.01), a intenção de reforçar a cooperação na área militar para travar "com a maior rapidez possível" os ataques armados no norte do país.
"O terrorista atravessa a fronteira que temos em comum, então, mais do que ninguém estamos interessados em abordar o problema do terrorismo", disse Filipe Nyusi.
O chefe de Estado moçambicano falava durante uma conferência de imprensa após conversações com a Presidente da Tanzânia, Samia Suluhu, em Pemba, província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.
Filipe Nyusi considera que o encontro foi uma "oportunidade” para que se abordasse de forma "profunda" a situação "de segurança em Moçambique e também na Tanzânia", dada a relação fronteiriça entre os dois países.
"Vim a Moçambique para saber como podemos trabalhar juntos", disse Samia Suluhu
"Agradeço a vinda da nossa irmã, que tomou a iniciativa de abordar o problema juntamente com Moçambique, para que possamos encontrar soluções com a maior rapidez possível", declarou o Presidente moçambicano.
"Eu vim a Moçambique para saber da situação da paz e segurança e como podemos trabalhar juntos [para resolver o problema]", disse Samia Suluhu, Presidente da Tanzânia.
O conflito em Cabo Delgado já provocou mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, de acordo com as autoridades moçambicanas.
Desde julho de 2021, uma ofensiva das tropas governamentais com apoio do Ruanda a que se juntou depois a Comunidade do Desenvolvimento da África Austral (SADC) permitiu recuperar várias zonas ocupadas, mas continua a haver confrontos pontuais que em dezembro alastraram para a província do Niassa.(x) Fonte:DW