O Presidente da Total, Patrick Pouyanné, encontrou-se com o chefe de Estado, Filipe Nyusi e mostrou-se confiante quanto à retoma dos projectos de gás da petrolífera Francesa Total, que se encontram suspensos há quase um ano, após um ataque terrorista à vila de Palma na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique. Apesar disso, o responsável avançou que ainda não existem datas concretas.
Foi no final de um encontro com o chefe de Estado em Maputo, onde estiveram em avaliação os projectos de exploração de recursos naturais em Moçambique, que o Presidente da Total, Patrick Pouyanné manifestou o seu optimismo quanto à retoma das actividades, que foram suspensas há um ano devido aos ataques terroristas.
"Estou optimista em poder voltar a Moçambique, mas da próxima vez não a Maputo. A minha próxima visita será a Palma, Mocímboa da Praia, em Mueda e quando vir que a vida está de volta à normalidade, o que significa reposição dos serviços estatais e da população, só aí o projecto poderá retomar. O meu objectivo continua a ser de retoma neste ano de 2022", disse o representante da Total.
Antes de escalar Moçambique, Patrick Pouyanné esteve no Ruanda e, contra a opinião pública, negou a existência de um acordo secreto entre a multinacional francesa Total e o regime de Kigali para a garantia da segurança dos seus investimentos na Bacia do Rovuma, no norte de Moçambique.
"Sabem que há um acordo de cooperação entre Ruanda e Moçambique mas eu estava no Ruanda para desenvolver os nossos negócios", defendeu ainda.
Entretanto, o chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, falou de avanços no combate ao terrorismo em Cabo Delgado, mas realçou que ainda não é o momento para se cantar vitória contra este mal.(x) Fonte:RFI