A Alemanha, a França e a Polónia estão “unidas” no objectivo de preservar a paz na Europa, garantiu o chanceler alemão que recebeu Emmanuel Macron e Andrzej Duda em Berlim, ontem, terça-feira. Olaf Scholz sublinhou que a manutenção da paz deve assentar na diplomacia e na vontade de agirem em conjunto.
No final do encontro, em conferência de imprensa, Olaf Scholz garantiu que a Alemanha, a França e a Polónia estão “unidas” no objectivo de preservar a paz na Europa, reconhecendo que a violação da integridade territorial e da soberania da Ucrânia é inaceitável e terá consequências para a Rússia.
"O destacamento de tropas russas na fronteira com a Ucrânia é muito preocupante e a nossa avaliação da situação aqui é muito idêntica, tal como a nossa posição. Uma nova violação da integridade territorial e da soberania da Ucrânia é inaceitável e teria consequências de grande alcance para a Rússia - em termos políticos, económicos e certamente geoestratégicos", referiu.
Por sua vez, o Presidente polaco lembrou que a principal tarefa dos europeus é encontrar “uma solução para evitar a guerra", referindo que acredita a missão será alcançada.
Andrzej Duda também destacou a necessidade de proteger a integridade territorial da Ucrânia, um país que apesar de não integrar a União Europeia e a NATO “precisa do apoio” dos três países.
O Presidente francês, que se encontrou na segunda-feira com Vladimir Putin e ontem com Volodymyr Zelenski, defendeu um diálogo “exigente” com a Rússia. Emmanuel Macron reiterou que esse diálogo “é o único caminho que tornará possível a paz na Ucrânia".
Sob a ameaça de uma invasão da Ucrânia, a diplomacia europeia desdobra-se em contactos, enquanto Moscovo insiste que não tem planos de atacar a Ucrânia, mas mantém 100 mil soldados perto das fronteiras do país vizinho e anunciou que uma enorme frota de guerra está a caminho do Mar Negro para realizar exercicios militares.(x) Fonte: RFI