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quinta-feira, 10 fevereiro 2022 11:52

Terrorismo: Nyusi pede à UE para financiar militares do Ruanda e SADC

No último dia da visita a Bruxelas, o Presidente moçambicano sublinhou a necessidade de continuar a combater o terrorismo na província de Cabo Delgado. "Prevalecem riscos substanciais", alertou Filipe Nyusi.

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, apelou à União Europeia para a necessidade de financiar as forças militares do Ruanda e Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) no combate a insurgentes em Cabo Delgado.

"O combate envolve altos custos para os nossos parceiros", referiu. "Não vão continuar por muito tempo, para toda a vida e as operações podem ser afetadas" se não houver apoios,.

"A União Europeia está ciente", acrescentou Nyusi, numa conferência de imprensa à saída de Bruxelas.

O chefe de Estado, que completou uma visita de três dias à capital europeia, em que contactou com diversos dirigentes da UE, afirmou: "Nós não temos para dar, apesar de haver muito esforço. Vontade não nos falta".

"Se pudermos fazer parte do grupo conjunto que mobiliza apoios, isso faremos", tanto junto da UE como de "outros parceiros", referindo que ainda há poucos dias o fez nos encontros da União Africana (UA) em Adis Abeba.

"Dentro de dias de certeza que vamos ter apoios ao nível de equipamento que a UE usa e que está no Camarões", referiu, sem mais detalhes.

Combate continua

Sobre a situação em Cabo Delgado, o Presidente moçambicano deixou alguns alertas.

"Deixámos claro que prevalecem riscos substanciais, apesar de a situação ser encorajadora, termos ocupado as sedes distritais e algumas bases [rebeldes terem sido] todas destruídas", disse. "Essa situação pode a qualquer momento voltar a evoluir e expandir-se para outras regiões do país e mesmo fora das fronteiras".

Nyusi sublinhou ser do interesse do Governo moçambicano "assegurar o combate ao terrorismo", falando da "necessidade de apoio aos intervenientes para que possam levar a cabo a sua missão".

Ao mesmo tempo, o Presidente moçambicano apelou ao apoio à reforma do Estado no setor da Defesa e Segurança, o qual espera "garantir capacidade no futuro" e que significa "formação e especialização".(x) Fonte: DW

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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