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sexta-feira, 11 fevereiro 2022 05:54

Decapitação de crianças continua em Cabo Delgado, diz a Save The Children

A organização humanitária Save The Children diz-se alarmada com a violência, decapitações e raptos contra crianças e suas famílias, que continuam a verificar-se em zonas onde já se tinha instalado uma sensação de relativa segurança, na província moçambicana de Cabo Delgado.

De acordo com a organização, pelo menos, 364 mil crianças foram forçadas a fugir dos seus lares e procurar abrigo em campos de deslocados de guerra. Os ataques iniciaram em 2017.

O porta-voz daquela organização humanitária, que trabalha na área dos direitos da criança, Rui Muthemba, alerta que a violência permanece alarmante em Cabo Delgado, "e preocupa-nos saber que crianças e suas famílias continuam expostas a esta violência".

"Continua a verificar-se raptos e decapitações, sob um aparente estado de calmia e de controlo da situação em Cabo Delgado", diz Muthemba.

Ele sublinha que "a situação geral que se tem e se está a passar para o mundo é de que em toda a província a violência está controlada".

"As necessidades humanitárias não cessam, e apesar desta aparente imagem de calmia que se está a projectar sobre a situação em Cabo Delgado, a verdade é que há muita gente que continua a chegar aos locais considerados seguros", realçou o porta-voz da Save The Children.

Face ao facto de as crianças estarem no centro desta violência, diz Muthemba, a Save The Children tem "alargado as suas acções a distritos como Ancuabe e Mueda, onde até há bem pouco tempo não operavamos".

Várias outras organizações humanitárias referem-se também a um novo pico de violência em alguns distritos de Cabo Delgado.(x) Fonte: VOA

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