Cerca de três dezenas de chefes de Estado e de Governo comprometeram-se a melhor proteger o oceano. No terceiro e último dia da Cimeira dos Oceanos a decorrer em Brest, França, presidida pelo chefe de estado francês Emmanuel Macron, os dirigentes políticos acordaram avançar nos tratados mundiais sobre o alto mar e contra a poluição provocada pelo plástico.
A participar no evento estava o presidente egípcio Abdel Fattah al-Sissi, que em Novembro vai acolher a COP 27 e o presidente português Marcelo Rebelo de Sousa, que no final de Junho recebe a cimeira da ONU sobre os Oceanos em Lisboa, um encontro que tem como anfitrião Portugal e o Quénia.
Em francês Marcelo Rebelo de Sousa explicou o porquê de a capital portuguesa ter sido escolhida para este evento.
“Porquê Lisboa e porquê Portugal? Porque para nós o oceano é independência e identidade. A ponte entre cultura, civilização e o continente. É a comunidade dos Países de Língua Portuguesa, que são todos estados costeiros, em todos os oceanos. É, também, pelo facto de Portugal possuir metade da Zona Económica Exclusiva da União Europeia se considerarmos o espaço adjacente à União. E também temos a mais vasta zona de protecção total do Atlântico Norte, nas ilhas selvagens. Também, como vocês, porque queremos ir mais além e passar os 30% [de áreas marinhas protegidas] antes de 2030, não apenas os 30% mas proteger mais que isso”.
Marcelo Rebelo de Sousa foi o último a intervir na cimeira de Brest e apelou à comunidade internacional para não esquecer os oceanos por causa de “crises e problemas conjunturais. Se não, vamos de conjuntura em conjuntura, esquecendo a estrutura. Não podemos fazê-lo com os oceanos". (x) Fonte: RFI