Angola denunciou hoje uma “ofensiva armada de grupos terroristas” na fronteira com a República do Congo, considerando que estas acções deixam vulnerável a segurança transfronteriça entre os dois países. Luanda fala em medidas urgentes para contrapor a situação.
Para o ministro do Interior, Eugénio Laborinho, a segurança na fronteira entre Angola e a República do Congo inspira cuidados, apesar das acções operativas para travar o crime transfronteiriço.
O governante reconhece que o perímetro que une os dois países se encontra desprotegido, o que torna a região vulnerável para qualquer tipo de acções ilícitas.
Eugénio Laborinho, que conferenciava com o seu homólogo da República do Congo, que esteve de visita a Angola durante 4 dias, denunciou, ainda, a existência de acções armadas perpetradas por supostos grupos criminosos.
“Dadas as acções operativas que vêm sendo realizadas, no âmbito da prevenção e combate aos crimes transfronteiriços, a situação de segurança ao longo da fronteira comum ainda inspiram sérios cuidados, porquanto, uma vasta extensão da mesma encontra-se desprotegida, o que torna vulnerável a qualquer tipo de actos ilícitos”, alertou o ministro do Interior angolano.
Na opinião de Eugénio Laborinho é urgente que os órgãos de defesa e segurança de Angola e do Congo tomem as medidas necessárias para que a fronteira entre os dois países não seja utilizada como esconderijo de grupos criminosos.
“Com vista a preservar as excelentes relações de boa vizinhança, urge a necessidade dos órgãos de defesa dos dois países tomarem as medidas pertinentes para que os dois territórios não sejam utilizados como bastiões e esconderijos de grupos criminosos”, disse ainda o responsável ministerial.
Recorde-se que Angola e a República do Congo assinaram vários instrumentos jurídicos no capítulo da defesa e segurança transfronteiriça, e concordaram ainda patrulhar os 210 quilómetros de fronteira comum.(x) FonTe:RFI