Onze pessoas morrem e 2664 ficaram desalojadas de 15 a 22 de Fevereiro corrente, na sequência das chuvas intensas influenciadas pela passagem da depressão tropical Dumako pelo território nacional.
As províncias mais afectadas foram Niassa, Nampula e Zambézia. Segundo a porta-voz do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), Nelma Araújo, 34 casas ficaram totalmente destruídas, 292 danificadas parcialmente e 111 submersas. A situação forçou ainda ao encerramento de três centros de acomodação em Nampula.
Nelma Araújo explicou que desde o início da época chuvosa e ciclónica, a 1 de Outubro último, o país registou chuvas, ventos fortes, descargas atmosféricas, incêndios e queimadas descontroladas, assim como as depressões tropicais Ana e Dumaku. No global, estes eventos afectaram 251.183 pessoas e provocaram 72 óbitos e 251 feridos.
“Das mortes, 21 foram causadas por desabamento de paredes, 28 por arrastamento pelas águas, 15 por descargas atmosféricas, seis por incêndios e queimadas descontroladas, uma por electrocução e outra por queda de poste de energia”, disse.
Ainda segundo a porta-voz do INGD, no período em referência, 2699 salas de aula de 1200 escolas ficaram inundadas ou danificadas, afectando 337.229 alunos e 5970 professores.
Actualmente, continua a sensibilização da população para a sua retirada das zonas de risco, bem como o reforço do pré-posicionamento de bens alimentares e não alimentares em locais estratégicos.
Afirmou, igualmente, que decorrem as operações de busca, salvamento e regate de pessoas nas províncias afectadas e a oferta de assistência em bens alimentares e não alimentares às famílias afectadas, incluindo o agregado familiar das seis pessoas que perderam a vida no incidente ocorrido no Rio Mucu, no distrito de Lalaua, província de Nampula.
Apelou à atenção e contínua prontidão das comunidades nas províncias do Niassa, Cabo Delgado e Nampula e de parte da Zambézia, devido à intensificação das chuvas.
Entretanto, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INAM), o ciclone tropical Emnati poderá não afectar a costa nem a parte continental de Moçambique.
Até a amanhã de ontem, o seu epicentro localizava-se em Madagáscar, com ventos ciclónicos de 120 quilómetros por hora e rajadas máximas de até 165 quilómetros, e deslocava-se a uma velocidade de 26 quilómetro por hora.(x) Fonte: Jornal Noticias