O ministro da Defesa Nacional, Cristóvão Chume, desmentiu hoje, na cidade da Beira, a reactivação da Junta Militar da Renamo e acrescentou que a informação não passa de especulações que visam perturbar a zona Centro do país e garantiu que os antigos guerrilheiros da Renamo continuam a ser desmobilizados.
“Não existe nenhum novo líder da Junta Militar da Renamo, indicado ou eleito que seja do nosso conhecimento. Mais uma vez, não temos nenhuma indicação credível que nos dá indicação de que há um novo líder da Junta Militar. Portanto, tudo que possa ser dito, se calhar sejam especulações e informações que visam perturbar a zona Centro do país. Quero aproveitar para lembrar que grande parte das forças residuais da Renamo continua a aderir ao processo do DDR, incluindo alguns que se tinham aliado à Junta Militar”, garantiu Chume.
O ministro reagiu, assim, quando questionado pela imprensa na Beira sobre a estabilidade na zona Centro, após o anúncio, pelas próprias Forças Armadas de Defesa de Moçambique, da reactivação da Junta Militar, há cerca de um mês. O ministro da Defesa Nacional falava à imprensa no final de uma cerimónia que marcou a passagem do 47º aniversário da Marinha de Guerra de Moçambique.
Lembre-se que foi há cerca de um mês que as Forças Armadas de Moçambique, através do seu chefe das Operações, Chongo Vidigal, anunciaram no Chiveve, durante a abertura do ano operacional militar, que a Junta Militar da Renamo tinha sido reactivada com a eleição de um novo líder, cujo nome não fora anunciado.
Vidigal afirmara, na ocasião, que “uma semana antes, a Junta Militar da Renamo elegeu, nas matas localizadas nos arredores da serra da Gorongosa, província de Sofala, um novo líder, em substituição de Marino Nhongo, que morreu num confronto com as Forças de Defesa e Segurança, nas matas dos distrito de Cheringoma, também em Sofala, há cerca de quatro meses. Não temos informações suficientes para entrar em detalhes em relação ao nome do novo líder, mas a verdade é que a Junta Militar da Renamo elegeu novos quadros para liderança e é por isso que nós ainda não descartamos os nossos efectivos estacionados naquela região, tendo feito apenas alguma alteração em relação à realidade actual. A eleição do novo líder da Junta Militar preocupa-nos e redobramos a nossa vigilância, na base de acções operativas diárias para podermos invertermos qualquer acção de instabilidade”, explicou, na altura, Vidigal.(x) Fonte: OPais