Presidente da União Africana (UA), Mousa Faki Mahamat, expressa preocupação com decisão do primeiro-ministro da Somália de considerar "persona non grata" o embaixador moçambicano Francisco Madeira.
O Presidente da União Africana (UA), Mousa Faki Mahamat, manifestou-se solidário com a posição do Presidente somali, Mohamed Abdullahi Mohamed, de criticar a decisão do Governo de Mogadíscio de expulsar o diplomata moçambicano Francisco Madeira da Somália.
As declarações do líder da UA vêm no contexto de uma disputa entre o primeiro-ministro e Presidente somalis.
Mahamat felicitou igualmente o compromisso do Presidente somali de continuar a cooperar com a Missão da UA de Transição na Somália (ATMIS, na sigla inglesa).
O presidente da UA reafirmou "a sua plena confiança" no representante especial da UA na Somália, o embaixador moçambicano Madeira, e reiterou "o contínuo compromisso de ajudar a nação irmã da República Federal da Somália no objetivo de restaurar uma paz duradoura, segurança e estabilidade", lê-se no comunicado.
Expulsão do diplomata
O gabinete do primeiro-ministro somali, Mohamed Hussein Roble, emitiu uma nota no dia 07.04 exigindo a saída do país de Francisco Madeira num prazo de 48 horas, considerando o diplomata moçambicano "persona non grata" por supostamente se envolver em "atos incompatíveis com o seu estatuto".
Em novembro, o Governo somali expulsou o representante especial adjunto da UA, Simon Mulongo, e em janeiro de 2019 foi expulso o enviado especial das Nações Unidas, Nicholas Haysom, por alegada "violação de protocolos" e "interferência nos assuntos internos da Somália
O país conta com um contingente militar da UA no combate ao grupo islamita al-Shabab, que move uma guerra contra o Estado somali e controla parte do território do país.(x) Fonte: DW