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quinta-feira, 14 abril 2022 05:15

África do Sul anuncia manutenção de paz em Cabo Delgado

Destacamento das forças armadas da África do Sul na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, foi prorrogado. Operação no terreno passará a integrar um esforço de manutenção de paz, foi hoje anunciado.

Falando em conferência de imprensa, em Pretória, a capital sul-africana, o chefe da Força Nacional de Defesa Sul-Africana (SANDF), Rudzani Maphwanya, adiantou que a força militar regional multinacional "destruiu várias bases" de "rebeldes extremistas" na região norte do país vizinho desde o seu destacamento no ano passado.

O responsável militar sul-africano salientou que a ofensiva militar regional infligiu "perdas maciças" contra os "insurgentes", acrescentando que a operação destruiu "várias bases e recuperou armas, incluindo lança granadas, metralhadoras, AK-47, veículos e dispositivos tecnológicos".

"Durante esta operação, as forças da SAMIM [Missão da SADC em Moçambique] enfrentaram uma forte resistência por parte dos terroristas, mas conseguiram infligir vítimas mortais e perturbar, bem como continuar a dominar e perseguir os terroristas na área operacional", explicou Maphwanya.

"Criar condições para os moçambicanos"

"É preciso criar condições para que o povo moçambicano possa recuperar (...) e comece a avançar com as suas vidas", adiantou aos jornalistas.

Segundo o militar, cerca de 600 efetivos sul-africanos encontram-se na província moçambicana de Cabo delgado desde outubro, como parte de uma força militar regional de mil homens de 16 países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) para apoiar Moçambique na sua batalha contra a insurgência.

O Ruanda destacou também cerca de 2 mil soldados como parte de um acordo bilateral com Moçambique.

Uma cimeira de líderes de países da África Austral aprovou na terça-feira a transição da força militar regional para um papel mais estabilizador, após a sua ofensiva combativa contra os "terroristas".

Desde 2017, a insurgência em Moçambique já causou mais de 3 mil mortes e 800 mil deslocados, sendo que há mais de um milhão de pessoas carenciadas de ajuda alimentar, segundo o Programa Alimentar Mundial da ONU.(x) Fonte: DW

 

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