A informação é avançada pelo jornal La Nación, citado pela Lusa, que explica que a razão que leva o Papa a recuar da intenção de ir a Kyiv é não querer colocar em causa o fim da guerra. Francisco disse, igualmente, que não se iria encontrar com o líder ortodoxo russo Cirilo.
Segundo escreve o Notícias ao Minuto, que cita a Lusa, o líder máximo da Igreja Católica diz que não pode “fazer algo que coloque em risco objectivos mais elevados, que são o fim da guerra, uma trégua ou mesmo um corredor humanitário. De que serviria o Papa ir a Kyiv se a guerra continuar no dia seguinte?”.
Sobre a sua relação com o patriarca ortodoxo russo, Francisco diz ser muito boa. O Vaticano esteve a organizar um encontro entre os dois líderes, que deveria ocorrer em Junho, em Jerusalém, considerado um território neutro, mas o mesmo foi suspenso.
“A nossa diplomacia entendeu que um encontro dos dois neste momento poderia causar muita confusão. Sempre promovi o diálogo inter-religioso. Quando era arcebispo de Buenos Aires, reuni cristãos, judeus e muçulmanos num diálogo frutífero, iniciativas das quais mais me orgulho. É a mesma política que promovo no Vaticano”, declarou Francisco.
Mesmo sem poder realizar a visita a Kyiv e ao líder ortodoxo russo, o Papa diz estar disponível e disposto para pôr fim à guerra na Ucrânia, que já matou mais de dois mil civis e fuga de mais de 12 milhões de pessoas, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
De acordo com a Lusa, citada pelo Notícias ao Minuto, o Papa Francisco encontrou-se com o patriarca ortodoxo russo em 2016, em Havana, sendo esta a primeira vez em que os chefes das duas igrejas se reuniram depois do Grande Cisma de 1054.(x) Fonte: OPais