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terça-feira, 29 dezembro 2020 06:21

Republicanos tentam última manobra para anular resultado das presidenciais

Acção em tribunal pede que o vice-presidente tenha poder para contar votos “alternativos” ao Colégio EleitoralUm grupo de congressitas Republicanos iniou uma acção num tribunal federal naquilo que é visto como uma última tentativas de anular a vitória do Democrata Joe Biden nas eleições presidenciais americanas.

A acção visa dar poderes ao vice-presidente para não aceitar os resultados a serem submetidos ao Congresso pelo Colégio Eleitoral e que ao abrigo da lei e vigor ele tem que se limitar a confirmar.

Com efeito as eleições presidenciais americanas só chegam formalmente ao fim no préximo dia 6 quando o Congresso americano se reunir para cofirmar os votos do Colégio Eleitoral.

Esta é geralmente uma mera formalidade em que o vice-presidente recebe oficialmente do Colégio Eleitoral a contagem e anuncia a vitória já confirmada pelo proprio Colégio Eleitoral.

Mas estas não foram eleições presidenciais normais e pensar que , tudo iria terminar sem mais uma tentativa de anular os resultados seria talvez ingéno,apesar da confirmação do Colégio Eleitoral que Joe Biden foi o vencedor, das recontagens que confirmaram isso, a aprovação por dirigentes do processo eleitoral em diversos estados e a rejeição das várias dezenas de processos levados tribunal por advogados de Donald Trump.

O presidente continua a recusar a aceitar o resultado das eleições e dentro do Congresso há quem apoie Trump neste aspecto

No próximo dia 6 é prever uma última jogada dessas congressistas sabendo-se que irão levantar objecções aos resultados em certos estados. Ao abrigo da lei essas objecções serão de imediato analisadas em separado pelas duas câmaras que tem apenas duas horas para decidir esses casos.

Como os Democratas controlam a Câmara dos Representantes a derrota desssa manobra é inevitavel.

Só que talvez prevendo isso um grupo de congressitas Republicanos pediu a um tribunal federal que considere de inconstitucional a lei que obriga o vice-presidente a aceitar os votos submetidos pelo Colégio Eleitoral e tenha o poder de aceitar representantes alternativos de estados ao Colégio Eeleitoral.

A acção em tribunal disse que o vice presidente “pode exercer a autoridade exclusiva e ter discreção em determinar que votos de um determinado estado deve contar e tem que ignorar e não tem que depender das provisões da Lei da Contagem Eleitoral que possam limitar a sua autoridade exclusiva e a discreção sua de determinar a contagem que poderá incluir votosde delegados Republicanos de estados contestados” .

Peritos judiciais dizem que esta acção poucas possibilidades tem de ser aceite pelos tribunais pois não há nada na constituição que permita a existência de votos de delegados alternativos se os resultados já foram confirmados pelo Colégio Eleitoral.

O que significa que no dia 6 o vice-presidente Mike Pence um dos mais fortes aliados do Presidente Trumpnuma tarefa igrata para ele terá que ir ao Congresso confirmar a vitória de Biben.

Numa altura em que pouco mais de 50% do eleitorado Republicano acredita que as eleições foram roubadas isto poderá ter implicações políticas para as ambições presidenciais de Pence, como disse o especialistas em sondanges Frank Luntz para quem essa formalidade “terà um impacto sobre ele”.

Luntz recordou que “53% dos que votaram por Trump, mais de metade ainda acreditam que Trump venceu as eleiçoes depois de todas provas em contrário”.

“Essas pessoas vao ficar muito irritadas no dia 6 de Janeiro quando Pence fizer essa declaração e portanto o desafio para o vice-presidente é que óbiamenteele gostaria de se candidatar à presidência dentro de quatro anos”, disse.

“ Trump vai obvamente ficar muito agitado contra ele e penso que isto é um começo de um periodo muito doloroso para os Republcanos em Washington e no país”, acrescentou.

Depois do dia 6 se o ongresso finalmente colocar ponto final nas eleições presidenciais teremos que ver como é que Donald Trump vai reagir sem qualquer carta para jogar.(x) Fonte: VOA

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