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segunda-feira, 22 agosto 2022 07:08

Pelo menos 16% das crianças mortas na Ucrânia tinham menos de 5 anos

Pelo menos 16% das crianças mortas na Ucrânia desde a invasão russa, em fevereiro passado, tinham menos de 05 anos, denunciou, este domingo, a organização Save The Children.
 
O relatório lembrou que entre 24 de fevereiro e 10 de agosto, "pelo menos" 942 crianças sofreram o impacto da guerra, com 356 mortos e 586 feridos nesta faixa etária, de acordo com dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
 

Dos mortos, 16,5% tinham menos de 05 anos, enquanto do número total de feridos, 13% eram menores de 05 anos.

A ONU, sublinhou a organização não-governamental (ONG), também alertou que o número total de baixas será provavelmente muito mais elevado. A causa da maioria das mortes e dos ferimentos verificados é o uso de armas explosivas em áreas urbanas apinhadas, salientou.

"Embora as crianças na Ucrânia nada tenham a ver com as causas da guerra, elas são as mais afetadas. Estão a crescer com o som de bombas e a ver casas e escolas destruídas, enquanto amigos e familiares são mortos ou feridos", disse a diretora da Save the Children em Kiev, Sonia Khush, numa declaração.

A responsável insistiu que as crianças precisam tanto de "ajuda humanitária como de esperança" para lhes dar confiança de que "esta guerra vai acabar, de que poderão regressar a casa e ter um futuro promissor".

"Sem um apoio significativo e uma cessação imediata das hostilidades, a Ucrânia não se tornará apenas um cemitério para mais crianças, mas também para as esperanças e os sonhos das crianças", acrescentou.

O relatório da ONG inclui o testemunho de Dana, de 29 anos, e da filha Antónia, de 02 anos, que fugiram da cidade ucraniana oriental de Kharkiv para Dnipro, no sul do país.

"Vivemos de dia para dia, não podemos fazer mais. Mas é claro para nós que não viemos aqui para ficar permanentemente. Aconteça o que acontecer, voltaremos para casa", disse Dana.

A guerra foi desencadeada pela invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro, condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A UE e países como Estados Unidos, Reino Unido ou Japão têm aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos e fornecido armas à Ucrânia.(x) Fonte: Lusa

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