O facto teria ocorrido no dia 30 de Julho de 2022, segundo a família da menor, é um caso parado, que sensivelmente há dois meses não teve  andamento por parte das autoridades de justiça local.

 

"Minha filha foi violada, eu não estava a ver bem o corpo dela, daí que a perguntei o que se passava, ela disse me que havia um inchaço no órgão genital, eu a observei e vi que algumas lesões, e depois ela confessou que um homem forçou a dormir com ela na casa vizinha" - Disse Joana Anli (nome fictício) Mãe da vítima.

 

Segundo a familia, após a mãe da vítima constatar alguns ferimentos nos órgãos genitais da menor, teria levado imediatamente ao hospital mais próximo onde confirmou-se que tratava-se de violência sexual.

 

"É um sentimento de tristeza, porque é triste sua sobrinha nessa condição (violada), sabemos que a infância normalmente é para a criança brincar com outros, e quando isso acontece (violência sexual) a criança fica mais isolada, não brinca muito com outros, é triste mesmo, eu quero apela à Polícia assim como a Procuradoria para levarem a sério esse caso, porque já passam 2 meses, e praticamente podemos dizer que eles não estão a fazer nada, o processo não está a ter nenhum andamento e estamos a pedir justiça nesse caso, para que casos do género não aconteçam nas nossas casas" - Disse Mária Alberto (nome fictício), Tia da vítima.

 

A Zumbo FM Noticias entrou em contacto com o Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM), para ouvir acerca do caso, em resposta, o Porta-voz daquela instituição diz não ter conhecimento do ocorrido.

 

"Ainda não tenho informações do caso no momento, mas irei me inteirar do assunto e posteriormente vamos partilhar" - Afirmou Mário Adolfo, numa chamada telefónica efectuada esta Quinta-feira pela Zumbo FM Noticias.

 

Sobre o caso, a Presidente da Associação Provincial de Pessoas com Albinismo de Cabo Delgado (APPA), Julia Aguachero, diz trata-se de um crime macabro que atenta com os direitos das crianças.

 

"É um caso triste, nós repudiamos com viemencia, e dizer que caso aconteça um caso do género não podemos parar, então os pais e mães, devem ser vigilantes. Estamos à trabalhar no caso, na verdade, o caso está nas mãos das autoridades judiciais, já temos o número do processo e a secção do caso, nos como associação estamos a trabalhar e este caso será resolvido e queremos que seja resolvido brevemente" - Disse Julia Aguachero, Presidente da Associação Provincial de Pessoas com albinismo de Cabo Delgado.

 

De acordo com os familiares da vítima, o indiciado, teria confessado o cometimento do crime, numa chamada telefónica feita com os pais da criança. Já os progenitores da vitima, prometem seguir com o caso até ao último minuto, para que tenha um fecho judicialmente legal.(x)