O Coordenador do Comité no Econômico para o Desenvolvimento Social (CEDE), Luís Pedeiro, falando em conferência de imprensa, na primeira conferência regional norte, envolvendo as Província de Nampula, Niassa e Cabo Delgado, sobre deslocados e comunidade Hospedeira no contexto de terrorismo em Cabo Delgado,
disse que a reflexão tem como propósito de ajudar a refletir a questão de terras dos deslocados.
"Esta reflexão tem como fundamentalmente propósito que é para nos ajudar a refletir, a questão de terras, e salvaguarda de direito de terras dos deslocados na sua zona de origem, com isso não quer dizer que excluímos outras províncias, acaba sendo Cabo Delgado, porque é o centro das atenções, é o local onde está a ser vitimados pelos ataques dos insurgentes, então, pensamos nesses vertentes porque, temos ideia de que tarde ou cedo as pessoas irão regressar para o seu local de origem".- disse, o Coordenador do CEDE, a nível de Nampula, Luís Pedeiro.
Ainda na conferência, o administrador do distrito de Chiure, Oliveira Amimo, garantiu que não existirá nenhum problema em termos de atribuição de terras.
"Os centros de reassentamento foram implantados pelo governo na base de existência de uma terra para construção das habitações e também um sítio com terra para produção de agricultura, portanto, não existirá nenhum problema em termos de serem atribuídos DUAT's à essas pessoas".- disse Administrador do distrito de Chiúre, Oliveira Amimo.
Na mesma ocasião, o administrador do distrito de Meconta, Província de Nampula, Melchior, acrescentou que o governo sensibiliza as famílias acolhedoras para que aceitem o acesso de terras aos deslocados.
"Nós como governo a nossa responsabilidade é sensibilizar a família acolhedora para que ele também aceite que este gente deslocada também tem direito à terra".- acrescentou Administrador de distrito de Meconta, Província de Nampula, Melchior Situte.
Por outro lado, a Zumbo FM Noticias, ouviu exclusivamente, uma representante das famílias acolhedoras do distrito de Meconta, Carmena Arlindo, que testemunha partilha de terras com deslocados vítimas de terrorismo em Cabo Delgado.
"Somos irmãos quase tudo fizemos juntos, falo nisso porque, situações da machamba, para quem tem um hectare de machamba, nós decidimos dividir no meio hectare para os nossos irmãos deslocados e meio para nós das famílias acolhedoras".- disse o representante das famílias acolhedoras do distrito de Meconta, Carmena Arlindo.(x)
Por: Baptista Zacarias