A província de Cabo Delgado conta neste momento com cerca de 1800 pessoas vivendo com a Lepra, deste número, segundo o Presidente da ALEMO, (uma associação vocacionada na luta contra a Lepra), Manuel Maliquito, 400 pacientes encontram-se desaparecidas devido ao conflito armado que se verifica em Cabo Delgado desde 2017.
O Presidente da Associação ALEMO em Cabo Delgado, Manuel Maliquito, falava esta segunda-feira em Pemba, na cerimônia alusivo ao Dia Mundial da Luta Contra as Doenças Negligenciadas.
"A nossa associação viu o seu grupo destruído naquelas zonas com membros deslocados para locais incertos, reduzindo assim o número dos membros inscritos, até este momento, ainda temos dificuldade de localização onde eles estão, não sabemos onde localizar para sabermos como está a situação da Lepra dos nossos membros que sofrem desta doença" - disse Presidente da Associação ALEMO em Cabo Delgado, Manuel Maliquito.
Na mesma ocasião, o governador da província de Cabo Delgado, Valige Tauabo, avançou que as autoridades sanitárias registaram no ano de 2022, cerca de 568 novos casos da Lepra contra 495 casos notificados em 2021, o que corresponde a um aumento da prevalência da Lepra de 1.5% para 2.1% em cada dez mil habitantes da Província.
"Este aumento da prevalência resulta naturalmente da intensificação das buscas activas nas comunidades através dos voluntários do programa de controle da Lepra e a implementação de mini campanhas de eliminação da Lepra, intensificação das palestras nas unidades sanitárias e comunidades bem como o rastreio de todos os contatos de pacientes em tratamento nos distritos endémicos nomeadamente Chiúre, Namuno, Balama e Montepuez" - disse governador de Cabo Delgado, Valige Tauabo.(x)
Por: Morais Selemane