O Governo de Cabo Delgado, junto das Empresas estatais, Administração Nacional de Estradas (ANE) e Fundo Nacional de Estradas, devem cerca de 917 milhões de meticais aos empreiteiros, em virtude das actividades inseridas no Plano Econômico e Social (PES), sendo que desta dívida maior parte do valor (750 milhões de meticais) tem a ver com o Plano de Reconstrução de Cabo Delgado (PRCD).

O Delegado da Administração Nacional de Estradas (ANE), Jorge Govenhica, revelou a informação nesta segunda-feira na Reunião da Comissão Provincial de Estradas, realizado em Pemba, capital de Cabo Delgado.

“A quando da execução do PES 2022, tivemos para aquelas actividades que estavam inseridas no PES e temos até o presente momento uma dívida de um pouco mais de 111.3 milhões de meticais, são actividades que foram feitas no ano passado e os empreiteiros ainda não foram pagos, também no âmbito do PRCD temos intervenções que foram no ano passado e está se com uma dívida acumulada 771.1 milhões de meticais e mesmo estende-se para os distritos em que o Fundo de Estradas está com uma dívida 16.2 milhões de meticais, para os municípios uma dívida de 18.4 milhões de meticais. De um modo geral, a província está nesse momento com uma dívida para com os empreiteiros de todos os programas do sector de estradas de 917 milhões de meticais” - explicou o Delegado da ANE em Cabo Delgado, Jorge Govenhica.

Segundo Jorge Govenhica no âmbito do Plano de Reconstrução de Cabo Delgado (PRCD), diversas obras decorrem na província como é o caso Construção das pontes ao longo dos troços Nairoto-Montepuez , Nairoto-Mueda.

“Fazer menção que o grosso da dívida das actividades no PRCD incluem várias actividades que é a Construção das pontes ao longo das estradas Nairoto-Montepuez , Nairoto-Mueda, intervenções foram sendo feitas em vários distritos da zona Norte da nossa província e de certa maneira esta situação tem estado a impactar naquilo que tem sido o desempenho dos empreiteiros neste ano, uma vez que estamos numa situação em que desde Dezembro que foram feitos os pagamentos e em Janeiro os empreiteiros não foram feitos os pagamentos, em Fevereiro não foram feitos, em Março e até agora estamos a terminar o mês de Abril e os empreiteiros não foram feitos os pagamentos” - disse o Delegado da ANE em Cabo Delgado.

O Delegado da ANE explicou que o ritmo das obras é lenta.

“Grande parte deles estão ressentidos disso e por conta disto pode se constatar que em vários distritos há muitas obras que neste momento se não estão paralisadas, estão a decorrer a meio gás” - explicou o Delegado da Administração Nacional de Estradas (ANE) em Cabo Delgado, Jorge Govenhica.(x)

Por: Saide Issa Braz