A cerca de 2 meses (69 dias), isto é, no dia 19 de Maio de 2023, deu entrada nos Serviços Provinciais de Justiça e Trabalho de Cabo Delgado uma carta dirigida a respectiva Directora, senhora Georgina Manhique, em que foram levantadas questões sobre a intervenção desta instituição na greve dos 400 trabalhadores operários da Montepuez Ruby Mines, considerada uma das maiores mineradoras de rubi do mundo, localizada no distrito de Montepuez.

A Zumbo FM Notícias se dirigiu várias vezes para as instalações da Direcção dos Serviços Provinciais de Justiça e Trabalho afim de obter a resposta da Carta, mas sem sucesso.

Dos contactos via telefone que Zumbo FM Notícias efectuou para a Directora dos Serviços Provinciais de Justiça e Trabalho de Cabo Delgado, três chamadas no total, cortadas na cara dos jornalistas, esta para além de ter alegado não se lembrar de ter recebido qualquer documento ou carta com perguntas relacionadas sobre o conflito laboral na mineradora Montepuez Ruby Mines, remeteu este órgão de informação ao Director do Centro de Mediação e Arbitragem Laboral (CEMAL), senhor Elias Julai, por ser a pessoa que estava em condições para responder as questões e sempre cortou as chamadas na cara dos jornalistas.

A Zumbo FM Notícias sabe de fontes seguras que o Director da CEMAL já respondeu às perguntas que cabiam a sua instituição dar e remeteu-as a Directora dos Serviços Provinciais de Justiça e Trabalho.

No entanto, a Directora dos Serviços Provinciais de Justiça e Trabalho de Cabo Delgado, Georgina Manhique recusa partilhar as respostas solicitadas pela Zumbo FM Notícias alegadamente porque existe uma lei que a protege.

Nos termos da Lei de informação, os profissionais de comunicação social têm legitimidade para solicitar informações detidas por entidades públicas para elaboração das suas matérias e a recusa do pedido deve ser fundamentada, o que não aconteceu, ou seja, a Directora dos Serviços Provinciais de Justiça e Trabalho de Cabo Delgado não indicou a Lei que lhe protege de não materializar o direito constitucional de acesso a informação, conquista do povo moçambicano.(x)

 Por: Saide Issa Braz

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