O historiador e analista de midia, Egidio Vaz publicou na sua página do facebook um repúdio sobre a forma como a multinacional Total tem publicado os seus comunicados de Imprensa para os órgãos de comunicação social.
Eigidio Vaz diz no texto que citamos abaixo na íntegra que o consórcio Media Externa + Total pretendem com este tipo de notícias alarmistas e infundadas, justificar qualquer atraso na implementação do projecto em beneficio do interesse vantajoso para a Total.
O historiador e analista de midia apela para os moçambicanos ficarem atentos. Leia na integra a comunicação do Egidio Vaz:
O QUE FAZ CORRER A TOTAL?
Ultimamente a Total anda a enviar comunicados justificando atrasos na implementação do projecto de gás. Primeiro foi por conta da Covid-19. Agora alega a questão de segurança. E, a imprensa mercenária faz-lhe o coro, publicando alucinações e difundindo inverdades. O exemplo mais recente foi o que deu conta do “ataque” a Afungi, há 5 ou 7 km do site do projecto. A notícia foi reproduzida pela STV, citando Bloomberg e outras fontes internacionais. Tudo mentira.
Os terroristas tinham planificado atacar Afungi no dia 1 de Janeiro de 2021. O que aconteceu foi o contrário. O trabalho da contrainteligência militar das FDS resultou na prisão de insurgentes infiltrados em campos de deslocados de guerra, apreensão de armas guardadas perto da pista de Afungi, morte um terrorista em Quitunda.
De onde é que DW e Bloomberg cavaram a notícia do ataque? Recentemente a Total anunciou a redução não quantificada do pessoal, do seu site, alegando situação de insegurança. Sem embargo ao protocolo de segurança específico da Total, importa frisar que a situação de segurança do projecto é BOA e as potenciais ameaças distam há 20 Km.
As minhas fontes, que são militares e de segurança no terreno, sugerem que o consórcio Media Externa + Total pretendem com este tipo de notícias alarmistas e infundadas, justificar qualquer atraso na implementação do projecto em beneficio do interesse vantajoso para a Total.
Vamos estar atentos doravante, depois deste alerta. As FDS estão no terreno e dispostas a confirmar o ataque ou não ataque. Por qual motivo não são achadas? Por qual motivo passará a ser apenas a Total fonte única, às vezes, fonte não oficial citada em anonimato? E por qual motivo apenas fontes de terroristas são as que fazem manchetes nesses órgãos de informação?
São perguntas para reflectir.
Opinião: Egidio Vaz/ analista de Midia e Historiador
De recordar que no dia 24 de Agosto de 2020, a Total E&P Mozambique Area 1, operadora do projecto Mozambique LNG, anunciou que assinou um novo Memorando de Entendimento com o Governo de Moçambique relativo à segurança das actividades do projecto Mozambique LNG.(x)