A empresa de combustíveis Total pediu a alguns funcionários que desocupassem o acampamento do projeto de gás natural liquefeito em Afungi, em Cabo Delgado, em consequência de ataques terroristas próximo da aldeia onde o reassentamento se encontra, a cinco quilómetros da área da concessão.
E o analista Calton Cadeado deu uma entrevista exclusiva a Rádio Zumbo FM de Cabo Delgado onde interpreta esta retirada dos funcionários da Total da seguinte maneira:
“A primeira é que há uma apreensão em termos de segurança porque uma decisão dessas só pode ser por uma questão de um força muito grande, uma forma muito grande normalmente é uma forma de segurança, ou uma crise económica social que afecta o normal funcionamento das operações de empresas como estas de grande magnitude.
Se olharmos nesta dimensão de segurança eles podem estarem a dizer que o ambiente de segurança não é propício para eles operarem sobretudo quando se fala de ataques que estão a chegar às proximidades do seu local de operação, isso também pode ser uma forma de dizer ao estado que eles mais do que nunca precisam que o estado lhes dê um espaço de manobra para fazer a sua própria segurança com os meios que eles próprios podem mobilizar a nível internacional, estou a falar particularmente da segurança privada.” - disse Calton Cadeado.
De recordar que no dia 24 de Agosto de 2020, a Total E&P Mozambique Area 1, operadora do projecto Mozambique LNG, anunciou que assinou um novo Memorando de Entendimento com o Governo de Moçambique relativo à segurança das actividades do projecto Mozambique LNG.(x)