A polícia do Capitólio, a sede do Congresso dos Estados Unidos, fechou o complexo nesta quarta-feira, 6, e pediu aos legisladores que se dirijam aos locais seguros do edifício, depois de milhares de apoiantes do Presidente Donald Trump terem cercado o prédio em protesto contra a confirmação da vitória de Joe Biden na eleição de 3 de novembro.
O Senado fez um intervalo enquanto certificava os votos do colégio eleitoral para Biden e o vice-presidente Mike Pence terá sido levado para fora do prédio pelos Serviços Secretos através de túneis subterrâneos.
Vídeos divulgados nas redes sociais e pelas televisões americanas mostram os manifestantes a violarem as áreas de segurança definidas pela polícia fora do Congresso e muitos dentro do prédio do Capitólio.
Há informações das televisões de uso de gás lacrimogéneo e imagens mostram manifestantes a quebrarem vidros de janelas e a invadirem o Capitólio.
Os manifestantes seguiram para o Capitólio depois de um comício liderado pelo Presidente Donald Trump no qual disse que “não cederá” no resultado da eleição e pediu que o vice-presidente Mike Pence devolva os votos aos Estados para que ele volte a ganhar a eleição.
Pence, no entanto, escreveu uma nota a dizer que não pretendia mudar o resultado por não ter poderes para tal.
A certificação eleitoral é geralmente uma função rotineira e cerimonial e a etapa final do processo, após o Colégio Eleitoral ter eleito Joe Biden oficialmente a 14 de dezembro.
O processo foi, entretanto, contestado por alguns republicanos no Congresso, levando as duas câmaras a realizarem sessões separadas por duas horas, antes da sessão final.
Nesse intervalo, os apoiantes de Trump entraram em confronto com a polícia, o que levou à suspensão dos trabalhos.
O Presidente Donald Trump pediu no Twitter que os seus eleitores "apoiem a polícia e as forças de segurança do Capitólio" e a "permanecerem em paz".
Entretanto, a presidente da cidade de Washington, Muriel Bowser, decidiu implementar recolher obrigatório na capital do país a partir das 18 horas.(x)Fonte: VOA