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quarta-feira, 11 setembro 2024 05:32

Moçambique: Comandante-Geral da PRM denuncia a recusa do parlamento em aprovar a lei da polícia

Comandante-Geral da Polícia da República de Moçambique, Bernardino Rafael. Comandante-Geral da Polícia da República de Moçambique, Bernardino Rafael.

Na cerimônia de patenteamento dos oficiais da polícia realizada na cidade de Pemba, na segunda-feira, 9 de Setembro de 2024, Comandante-Geral da Polícia da República de Moçambique, Bernardino Rafael, criticou a falta de aprovação da lei da polícia nas duas últimas legislaturas, afirmando que a situação está a prejudicar a eficácia da instituição.

"Mais uma vez, depois de investir este parlamento, havemos de ir pedir mais um favor para ver se aprovam a nossa lei que está lá depositada, que não passou nas duas legislaturas. Vamos ver se nas próximas teremos a sorte de termos uma lei. Na verdade, é difícil dirigir uma polícia com uma lei desfasada; não conheço nenhuma experiência num país dessa forma, mas com paciência vamos votar para poder eleger futuros deputados que vão discutir a nossa lei, vão nos indicar onde está errado e onde não está errado para podermos trabalhar com a polícia que tem uma lei, porque naturalmente até agora a polícia que nós conhecemos no país é esta e o país tem instituições com leis em dia, menos a polícia que não tem uma lei em dia. É difícil passar a lei da polícia neste país", criticou o Comandante-Geral da Polícia da República.

Bernardino Rafael também abordou a questão do reconhecimento da polícia pelos moçambicanos e a necessidade de aprovação da lei, apesar das reservas.

"Moçambicanos reconhecem a sua polícia, porque cada um dos moçambicanos tem um membro da família. Incluindo aqueles que têm receios de aprovar a lei, têm familiares na polícia; estão nas cerimônias fúnebres, nas missas, nas igrejas, com familiares policiais. Mas têm receios de aprovar a lei. Os motivos não sabemos, mas eu penso que vão votar e a lei vai ser aprovada. São pessoas que têm a sua visão, mas não apresentam a visão."

Ele fez um apelo final aos políticos para que respeitem a polícia e a sua função eleitoral.

"Vão votar, votem porque a polícia também é eleitor. Às vezes, os políticos insultam e ofendem sem saber que nós somos eleitores. Então, a mensagem também fica para os políticos: respeitem essa vossa polícia, porque até então a polícia que temos é esta. Ninguém deve ficar sem votar. Votem com a vossa consciência, com a capacidade eletiva que vocês têm, sem problemas. Com essas palavras, eu declaro o fim desta cerimônia da avaliação dos quinze dias do processo da campanha eleitoral", concluiu. (x)

Por: António Bote

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