A dependência de recursos externos e a prática de pedir esmolas foram temas centrais no podcast do filósofo moçambicano, Severino Nguenha, que fez na penúltima semana de Setembro de 2024.
O filósofo afirmou que os nossos dirigentes políticos são aqueles que melhor sabem bater a porta dos parceiros refletindo uma cultura de dependência que pode ser prejudicial a longo prazo.
Segundo Nguenha, essas esmolas nunca são gratuitas, e isso leva a um ciclo de endividamento que compromete a autonomia do país.
"Nossos dirigentes políticos são aqueles que melhor sabem bater a porta dos parceiros, quer dizer ajuelharem a pedir esmolas para que eles possam virem ao nosso socorro, só que essas esmolas nunca são gratuitas cada um que dá alguma coisa, quer alguma coisa em contrapartida, quando nós temos infraestruturas e dizemos que é dinheiro do Banco Mundial, Banco Mundial é um Banco e um Banco nunca dá nada sem ter a certeza que vai receber não só aquilo que deu, mas até vantagens superiores, por isso, é uma falsa dádiva e são falsas parcerias porque muitas vezes, endividam o país ou privam o país dos recursos que terá necessidade nos próximos anos e que farão falta para as gerações futuras, e a outra maneira é ir pedir emprestado o dinheiro que no fundo, este sistema de pedir emprestado dinheiro é uma forma desse endividar mais clara e evidente, mas que tem muitas analogias com o facto de pedirmos esmolas. Há uma terceira maneira de pedir dinheiro que é, aquela que usam com todas as nações do mundo já falamos disso é obrigar os atores nacionais a pagarem impostos ao Estado é obrigar as multinacionais que operam no país e tirarem benefícios", alertou o filósofo.
Nguenha defendeu a importância de encontrar alternativas para gerar recursos internos, destacando a necessidade de uma abordagem que priorize a auto-suficiência.
"Pagar impostos não devia ser um apêndice no manifesto de um partido, mas uma causa nacional", concluiu, enfatizando que a construção de um futuro próspero para Moçambique deve passar pela responsabilidade fiscal e pela gestão inteligente dos recursos naturais." (x)
Por: António Bote
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