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sábado, 09 janeiro 2021 21:21

Desvio de doações Secretário do bairro de Paquitequete desmente acusações em Pemba

Desvio de doações Secretário do bairro de Paquitequete desmente acusações em Pemba Morais Selemane
 
Trata-se de várias famílias deslocadas que acusam e confirmam atos clandestinos de roubo de produtos alimentícios doados pelas organizações solidárias, segundo as mesmas estes atos são feitos pelos chefes do bairro de Paquite-quete, na cidade de Pemba, província de Cabo Delgado.
 
Omar Ibrahimo, responsável de uma família refugiada com 26 membros, oriundo do distrito de Mocimboa da Praia que neste momento deslocou-se á Paquitequete, ele diz que desde que chegou a Pemba em Maio de 2020 ainda não recebeu nenhum apoio alimentar e culpa a estrutura do bairro de desviar e não fazer chegar os apoios aos deslocados.
 
"Não estou a receber nenhuma coisa, fui registado quase 6 vezes  e ainda não recebi nenhum apoio alimentar, fomos registados na unidade B e até agora não temos apoio"- disse Omar Ibrahimo.
 
Por outro lado, ouvimos também algumas famílias sobre o mesmo assunto de desvio de produtos alimentares e todos eles confirmam o roubo de alimentos e venda de senhas de apoio por parte dos chefes do bairro de Paquitequete.
 
Fadico Sumail, responsável de família deslocada conta que "os chefes costumam vir registar os nossos nomes mas não recebemos nada, até que fomos reclamar a eles porque não fazem chegar o apoio alimentar aqui em casa e não dizem nada. Por isso eu estou calado, vejo tudo o que ele estão a fazer, roubam produtos alimentícios e escondem nas suas casas, nós notamos"- disse Fadico Sumail.
 
Assane Riricho, chefe de família deslocada disse que "desde junho do ano passado ainda não recebemos nada, fomos registados mas nenhum apoio alimentar chegou aqui em casa e os culpados são os chefes do bairro eles vem nos registar e aumentam o número de pessoas para eles receberem sozinho e no final não nós dão nada, mesmo indo reclamar no secretário do bairro não temos solução por vezes até eles nós insultam e abatem, chegam ao ponto de dizer que não somos refugiados, até agora não recebi nada"- afirmou Assane Riricho.
 
Rabia Saide, responsável de família refugiada conta que "nenhum dia recebi apoio alimentar, vejo todo momento a entrar alimentos nos armazéns da estrutura do bairro para apoiarem os deslocados e não chega para os próprios refugiados eles desviam tudo. O secretário do bairro é culpado porque ele é que nós regista, eles vendem senhas de apoio, não nós dão. Peço ao governo que faça uma inspeção nos locais de apoio para a resolver a situação, nas casas dos chefes do bairro há muitos produtos alimentícios provinientes das organizações solidárias, eles roubam"- Disse Rabia Saide.
 
Segundo os responsáveis de algumas famílias refugiadas, Os apoios de produtos alimentares não chegam as mãos dos próprios deslocados, por vezes são os chefes do bairro que desviam os produtos e escondem dentro de suas residências, alguns chefes de unidades optam por vender senhas de apoio alimentar. 
 
O secretário do bairro de Paquitequete, Luís Salimo desmente as acusações e diz que todas famílias têm recebido o apoio alimentar.
 
"De uma pessoa á sete recebe um cheque para levantar alimentos, de treze para vinte e cincos pessoas dois cheques, e de vinte e cinco para cima são três cheques, tem chegado essa contentação apesar do  número das famílias deslocadas ser muito mas o apoio tem chegado para todos"- disse secretário do bairro de Paquitequete, Luís Salimo.
 
 
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