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terça-feira, 25 fevereiro 2025 05:16

Cabo Delgado: PR Chapo afirma que há organizações que promovem extremismo violento na província

Presidente da República de Moçambique, Daniel Chapo. Presidente da República de Moçambique, Daniel Chapo.

O Presidente da República de Moçambique, Daniel Chapo, abordou diretamente a situação de segurança em Cabo Delgado durante o seu primeiro comício popular desde a sua posse, realizado na cidade de Pemba a 24 de fevereiro de 2025. O evento fez parte da visita do chefe de Estado à província, que terá a duração de dois dias.

Na ocasião, o Presidente afirmou que, ao longo dos últimos oito anos, a província tem sido alvo de um movimento organizado que visa promover o extremismo violento, com o objetivo de desestabilizar o país e afetar diretamente a população moçambicana.

Chapo sublinhou que a violência em Cabo Delgado não se trata de um mero fenómeno criminal, mas sim de uma estratégia organizada de destruição e caos, com efeitos devastadores para a infraestrutura local e para as comunidades afetadas.

“Esta guerra não é um simples ato de vandalismo. Trata-se de uma organização com o objetivo explícito de matar o povo, destruir infraestruturas, arrasar estradas e queimar casas”, declarou o Presidente da República, Daniel Chapo.

Chapo comparou a atual crise à guerra civil que devastou Moçambique por 16 anos, lembrando que, assim como ocorreu no período pós-independência, as forças envolvidas inicialmente eram tratadas como simples criminosos. Contudo, logo se percebeu que o conflito era muito mais complexo e grave.

“No início, pensávamos que eram apenas ladrões. Mas logo percebemos que estavam ali para algo muito mais grave, matar o povo moçambicano. A guerra que enfrentamos hoje em Cabo Delgado é muito mais organizada e estruturada, com um objetivo claro de desestabilizar a nossa nação”, explicou.

O Presidente também criticou a ideia de que o terrorismo na região seria causado pela falta de emprego e recursos. Para Chapo, essa explicação não se sustenta, pois, em outras províncias do país, como Maputo, Manica e Niassa, onde também existem desafios socioeconômicos, não se verifica a ocorrência de terrorismo.

"Na altura, dizia-se que o terrorismo era fruto do desemprego em locais como Palma, Mocimboa da Praia, Macomia e Nangade. Mas, em lugares como Maputo, Manica e Niassa, onde não há escassez de emprego, não vemos terrorismo. Então, surge a pergunta: por que o terrorismo ocorre apenas nas regiões onde existem recursos naturais, como o gás?”, questionou o chefe de Estado.

Chapo também abordou a tentativa de vincular o terrorismo à religião islâmica, defendendo que tal narrativa é errada.

“Tentaram associar o terrorismo à religião islâmica, mas isso não é verdade. Nenhuma religião verdadeira prega o ódio entre seres humanos. A realidade é que estamos a lidar com um movimento organizado, cujo objetivo é desestabilizar o país e explorar os recursos naturais de Cabo Delgado”, afirmou.

Por fim, o Presidente reafirmou o compromisso do governo em garantir a segurança da população de Cabo Delgado e eliminar os terroristas responsáveis pela destruição e sofrimento na província.

Este foi o primeiro comício do Presidente Daniel Chapo após a sua posse. Durante a sua visita à província de Cabo Delgado, o chefe de Estado também anunciou que, pela primeira vez no novo governo, o Conselho de Ministros será realizado fora da capital, Maputo, tendo a cidade de Pemba sido escolhida como o local para o evento.(x)

Por: Bonifácio Chumuni

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