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quinta-feira, 12 junho 2025 05:10

Cabo Delgado: ONU alerta que ajuda humanitária para a província diminuiu 17% até abril de 2025

Imagem ilustractiva da situação humanitária em Cabo Delgado. Imagem ilustractiva da situação humanitária em Cabo Delgado.

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) alertou que a ajuda humanitária destinada à zona norte de Moçambique teve uma queda de 17% até abril do ano em curso.

De acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, até abril de 2025, apenas 664.000 pessoas foram assistidas, o que representa uma redução em relação ao período homólogo de 2024, em que foram assistidas 802.000.

“A operação humanitária em Moçambique enfrenta grandes contratempos. Até o final de abril de 2025, apenas 664.000 pessoas – cerca de 61% da população-alvo em Cabo Delgado – haviam recebido alguma forma de assistência, representando uma queda de 17% em relação às 802.000 pessoas alcançadas no mesmo período em 2024”, refere o relatório da OCHA, citado pela DW.

A organização das Nações Unidas esclareceu que a redução se deve a um declínio mais amplo na capacidade operacional.

“O financiamento caiu quase 12%, de 52 milhões de dólares em 2024 para 46 milhões de dólares, enquanto o número de parceiros humanitários caiu drasticamente – de 66 para apenas 48, uma redução de 35%”, detalha o relatório.

O OCHA destacou, por outro lado, os progressos alcançados nos últimos meses, nomeadamente através do Cluster de Segurança Alimentar e Meios de Subsistência, mecanismo de coordenação humanitária gerido pelas Nações Unidas, particularmente na área de ajuda alimentar.

“No entanto, devido à escassez de financiamento, as distribuições de alimentos ocorreram a cada dois meses e fornecem apenas 39% da ingestão calórica necessária ao beneficiário. Quando a ajuda alimentar é excluída da análise, o número de pessoas beneficiadas cai para 245.000”, esclareceu.

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários refere ainda que a situação se complica quando se considera a assistência multissetorial, onde apenas 188.000 pessoas receberam apoio simultâneo em saúde, higiene e abrigo, “enquanto 162.000 crianças beneficiaram de serviços de educação, nutrição e proteção à criança”.

Por: Bonifácio Chumuni

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