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sexta-feira, 13 novembro 2020 01:14

Autoridades eleitorais dos EUA não encontram indícios de fraude

Levantamento do jornal "New York Times" contatou autoridades de todos os 50 estados americanos. Nenhuma, incluindo republicanos, corroborou acusações de fraude propagadas por Trump.

Autoridades eleitorais dos 50 estados americanos - tanto republicanas quanto democratas - apontaram que não encontraram indícios de fraude na disputa presidencial, que terminou com a vitória de Joe Biden. Responsável pelo levantamento, publicado na noite de quarta-feira (11/11), o jornal New York Times aponta que as declarações desmentem as alegações do presidente Donald Trump e de membros do seu círculo, que vêm propagando acusações de fraude no pleito, sem apresentar qualquer prova.

Derrotado por Biden tanto na contagem do colégio eleitoral quanto no voto popular, segundo projeções, Trump tem se recusado a aceitar o resultado e já vem contestando a eleição nos tribunais.

Mas, se depender das autoridades eleitorais dos 50 estados americanos, Trump não terá o que mostrar para validar suas acusações.

New York Times ouviu diretamente representantes eleitorais de 45 estados. Nenhum deles forneceu elementos para apoiar a causa de Trump ou apontou qualquer indício de fraude no processo. Autoridades eleitorais de outros quatro estados já haviam divulgado que as eleições ocorreram sem qualquer problema.

Apenas as autoridades do Texas, um estado onde Trump venceu, não responderam ao jornal. Mas o NYT ouviu um porta-voz do condado de Harris, o mais populoso do Texas, que respondeu que a eleição foi "muito tranquila".

Uma batalha sem provas

Trump não só não reconheceu o resultado da disputa. Pouco depois do pleito, ele chegou a declarar vitória prematuramente, muito antes da apuração completa dos votos, e denunciou repetidamente, sem apresentar evidências, que está sendo vítima de fraude eleitoral generalizada.

Nos últimos dias, membros do seu governo também passaram a abraçar mais abertamente a narrativa do chefe. Na terça-feira, ao ser questionado sobre a transição de poder, o secretário de Estado Mike Pompeo afirmou que haverá uma "transição de poder suave para um segundo mandato de Trump", sinalizando que o círculo do presidente pretende arrastar a questão até pelo menos a metade de dezembro, quando o Colégio Eleitoral oficializar o resultado.(x) Fonte: DW

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