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sábado, 14 novembro 2020 00:22

Donald Trump anuncia que já há vacina para a Covid-19 e esteve quase a admitir a derrota frente a Biden

Donald Trump, o ainda presidente dos EUA, falou ao país seis dias depois da vitória anunciada de Joe Biden e garantiu aos norte-americanos já haver vacina para travar a Covid-19. "Se tivessem outra administração demoraria 3 ou 4 anos", atirou num ataque claro ao rival democrata.

O magnata acrescentou que a vacina será "imediatamente" distribuída pelos profissionais de saúde na linha da frente do combate ao vírus, pelos idosos e doentes de alto risco. "O processo começa agora", disse, apontando abril como o mês previsto para se dar início à vacinação em massa.

Segundo a equipa que trata do processo da vacina nos EUA, denominada Operação Warp Speed (Velocidade Warp), assim que a FDA (Food and Drugs Administration) der luz verde à vacina da Pfizer, está previsto que logo em dezembro sejam vacinados "20 milhões de americanos", "começando pelos profissionais de saúde de primeira-linha", os idosos e doentes de risco.

Trump à beira de admitir a derrota nas presidenciais

Num discurso confuso e recheado de imprecisões e alguns erros, Donald Trump esteve a 'centímetros' de se descair e admitir que perdeu as eleições para Joe Biden. "Idealmente, não voltaremos ao confinamento. Eu não vou, esta administração não vai para o confinamento. Espero que a pró...a...bem, o que quer que seja que aconteça no futuro, quem sabe que administração será... Acho que o tempo o dirá.

Desde o dia 3 de novembro que Donald Trump tem recorrido às redes sociais para espalhar afirmações infundades de alegada fraude eleitoral. Até ao momento as autoridades não detetaram qualquer problema na contagem dos votos. Neste discurso o ainda presidente dos EUA não falou sobre o assunto.

Donald Trump explicou que espera ter autorização para a vacina contra a Covid-19 "muito em breve".

As imprecisões de Trump

"Vacina da Pfizer é resultado da Operação Warp Speed"

O progresso da vacina da Pfizer não pode ser atribuído integralmente à Operação montada pela administração Trump, um programa de parcerias publico-privadas. O crédito deve ser apenas parcial, até porque a Pfizer, ainda que tenha admitido "estar a participar" na Operação Warp Speed, não está a aceitar dinheiros federais para a investigação da vacina, nem sequer está a aceitar pagamentos antecipados, antes de se provar que o esforço e a vacina têm resultados.

De referir que a administração Trump aliciou a Pfizer dizendo, em julho, que iria investir 1.95 mil milhões de euros na compra da vacina, para pelo menos 100 milhões de doses, se a vacina da Pfizer fosse validada pela FDA.

"Nós testamos muito mais do que qualquer outro país, por isso ficam evidentes, obviamente, mais casos"

A afirmação não é nova e foi feita várias vezes durante o verão. Mas factualmente o pico de casos de Covid-19 nos EUA não é causado pelo aumento da testagem.

No dia antes de Trump falar, escreve a CNN, o número de novos casos de infeção estava a crescer a um ritmo mais acelerado do que o número de testes feitos diariamente, de acordo com o COVID Tracking Project. Segundo os dados disponíveis, a testagem aumentou esta semana 13%, o que não é substancial perante o aumento de 41% de novos casos de Covid-19 registado no mesmo período. De referir que o número de internamentos e mortes está também em subida.(x) Fonte: CM Mundo

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