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terça-feira, 26 janeiro 2021 11:00

Apoio no combate ao terrorismo tema de debate hoje em Bruxelas

A implementação, do programa de reforço da cooperação entre Moçambique e a União Europeia (UE), na questão do apoio no combate ao terrorismo que actua na província de Cabo Delgado, vai ser tema de debate hoje na reunião do Conselho dos Negócios Estrangeiros da organização, a ter lugar em Bruxelas, capital belga.

O encontro surge como resposta ao pedido de Moçambique de apoio na luta contra os grupos terroristas que já provocaram a morte de mais de duas mil pessoas e deslocação de mais de 560 mil dos distritos do Norte e Centro de Cabo Delgado, criando uma catástrofe humanitária que precisa da intervenção de todos os parceiros de cooperação.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Augusto Santos Silva, que esteve em Maputo na semana passada, defendeu a necessidade de uma maior mobilização possível de parceiros para garantir segurança em África e, em particular para Moçambique, onde o conflito ameaça a estabilidade dos países da região da SADC.

“Quantos mais nos mobilizarmos para pararmos as redes terroristas e as ligações evidentes com redes dos mais diferentes tráficos, maior segurança traremos a África e melhor defenderemos também os interesses próprios da União Europeia”, referiu o diplomata, que informou que o Conselho dos Ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia reuniria hoje em Bruxelas para analisar o assunto.

A propósito das diferentes manifestações de interesse de outros países e organizações em apoiar Moçambique a resolver o problema, Silva negou que tal pudesse reflectir em competição pela influência em África.

“Entendemos que o que faz sentido é a complementaridade. Enquanto europeus, cooperamos com África no respeito escrupuloso pela chamada arquitetura africana para a paz e segurança”, defendeu o governante luso, e sublinhou haver respeito pelos princípios da União Africana e da soberania das autoridades nacionais.

A violência armada na província de Cabo Delgado ocorre, exactamente, nas regiões onde se desenvolve o maior investimento multinacional privado de África para a exploração de gás natural, o que levou ao abandono das terras por parte da população.

A maioria dos deslocados concentra-se na capital provincial, Pemba e noutras províncias como Niassa, Zambézia e Niassa, encontrando-se sem alimentos  e habitação, necessitando de apoio multiforme.(x) Fonte: Lusa

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