Iniciou, nesta segunda-feira, 12, o julgamento do presidente do Conselho Autárquico da cidade de Nampula, Paulo Vahanle, acusado de crimes de corrupção.
Vahanle e outros cinco funcionários, que ocupam cargos importantes na instituição são acusados pelo Ministério Publico, nomeadamente de abuso de cargo ou função, peculato, desvio de aplicação, fraude, pagamento de remunerações indevidas, e violação de normas de execução do plano e orçamento.
Nampula é a terceira maior cidade de Moçambique, e Vahanle é do partido Renamo, o segundo com mais seguidores no país.
Valdemiro Manuel, representante do Ministério Público, disse, na apresentação da acusação, Paulo Vahanle é acusado de autorizar o pagamento de ajudas de custo no valor de 36 mil meticais a Abiba Aba, delegada provincial da Renamo e deputada da Assembleia da Republica, que no entanto não é funcionaria do órgão.
Ao esposo de Abiba Aba, Vahanle é acusado de ter autorizado o pagamento de 94 mil meticais para a reparação da sua viatura.
Vahanle e os cinco funcionários são acusados de realizar despesas em somas avultadas sem concurso publico e visto do tribunal administrativo, como é caso de aquisição de uma máquina niveladora, além de simular pagamentos para o benefício próprio.
Consta que durante a instrução preparatória, Vahanle disse que foi induzido ao erro pelos técnicos, que deviam cuidar disso durante a execução das despesas publicas.
A acusação considera que os co-arguidos agiram livres, deliberadamente e conscientes de que o seu comportamento não é permitido por lei , daí que apela uma condenação exemplar, cuja pena máxima é de dois anos de prisão.(x) Fonte: VOA