O Presidente da República considera que, apesar dos ataques terroristas, Moçambique goza de estabilidade política e as instituições estão a funcionar normalmente.
Falando no Fórum dos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), Filipe Nyusi focou boa parte da sua intervenção na situação de insegurança na província de Cabo Delgado.
“Apesar de alguns focos de instabilidade criados pelo terrorismo, o país goza de estabilidade política e as instituições estão a funcionar normalmente”, vincou o Chefe de Estado moçambicano, para, a seguir, enumerar aqueles que considera os três principais desafios, com os quais o país se debate. “Primeiro, a violência armada protagonizada por grupos terroristas em alguns distritos da província de Cabo Delgado, há pouco mais de três anos, causando morte de inocentes e deslocação forçada de pessoas. O segundo desafio é o impacto negativo da COVID-19 na sociedade e na economia e o terceiro é o impacto das mudanças climáticas”.
Entretanto, Filipe Nyusi revela que o recente ataque à Vila Sede do distrito de Palma, “localizado onde decorrem os projectos de exploração de gás, demonstra a dimensão do desafio que o país enfrenta na luta contra o terrorismo internacional”. O Presidente agradece o apoio, a assistência humanitária e a solidariedade que Moçambique tem estado a receber dos parceiros internacionais, com destaque para os países-membros da SADC, da CPLP e dos PALOP.
Entre os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, Moçambique defende que a história e língua comuns devem converter-se em programas que contribuam para o desenvolvimento dos Estados-membros. Para Filipe Nyusi, “questões como a mobilidade no espaço dos PALOP poderão tornar a organização mais revelante para os nossos cidadãos, por constituir um elemento que poderá cimentar os vínculos históricos e parcerias económico-empresariais”.
Moçambique fechou a sua intervenção apelando aos países falantes da língua portuguesa em África a apoiarem a candidatura de Moçambique ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.(x) Fonte: O País