A Nigéria restringirá o acesso ao seu território a todos os viajantes estrangeiros que permaneceram no Brasil, Índia e Turquia nas últimas duas semanas, a fim de limitar a propagação do coronavírus, anunciaram as autoridades de saúde no domingo.

A restrição de viagens entrará em vigor a partir de 4 de maio.

A declaração de domingo - emitida por Boss Mustapha, presidente do comitê de direção presidencial da pandemia, vem à luz do aumento urgente nos casos de COVID-19 e das variantes de vírus ainda mais contagiosas nos países em questão.

Esta medida não se aplica aos passageiros que tenham feito escala em trânsito por um desses países.

O comitê anti-COVID 19 disse que tomou a decisão com base em uma "avaliação de risco levando em consideração a epidemiologia, a prevalência de variantes preocupantes e o volume médio de passageiros entre a Nigéria e cada país, entre outros indicadores".

Cidadãos nigerianos e residentes permanentes na Nigéria que viajaram para pelo menos um dos três países nos últimos 14 dias serão obrigados a passar por uma quarentena obrigatória de uma semana em uma instalação aprovada pelo governo na chegada, disse o comunicado.

Além disso, qualquer passageiro que chegue à Nigéria agora terá que apresentar um teste negativo para COVID-19 com menos de 72 horas, em vez de 96 horas.

O país mais populoso da África relatou oficialmente mais de 165.000 casos do coronavírus, com 1.954 mortes. Mas esses números são considerados subestimados, devido ao baixo número de exames realizados em relação aos seus mais de 200 milhões de habitantes.

A Índia relatou mais de 300.000 casos diários por mais de dez dias consecutivos.

Os hospitais, necrotérios e crematórios do país asiático estão sobrecarregados, pois muitas famílias procuram remédios e oxigênio devido à escassez e ao esgotamento dos suprimentos nacionais.

A Turquia - atualmente com o quarto maior número de casos do mundo e o pior per capita entre as principais nações, impôs um “bloqueio total” em todo o país na quinta-feira. Isso durará até 17 de maio, em um esforço para conter o aumento das infecções e mortes por coronavírus.

O Brasil observou uma queda no número de novos coronavírus desde seu pico no final de março, mas as infecções ainda permanecem altas para os padrões históricos. O total de mortes no país perde apenas para os Estados Unidos.(x) Fonte: Africanews