Em Myanmar (ex-Birmânia) compareceu segunda-feira perante a justiça, pela primeira vez fisicamente, a antiga Primeira-ministra Aung San Suu Kyi, destituída por um golpe de Estado.A senhora San Suu Kyi afirmou nomeadamente ao Tribunal ,que o seu partido existirá enquanto existir o povo.
A Liga Nacional para a Democracia (NLD,sigla em inglês), seu partido "existirá enquanto existir o povo", disse a antiga Primeira-ministra de Myanmar, Aung San Suu Kyi, por ocasião da sua primeira comparência diante da justiça do seu país, desde que foi destituída e presa no dia 1 de Fevereiro de 2021, após um golpe militar.
Segundo Min Min Soe, advogada da ex-chefe do governo de Myanmar, a também Prémio Nobel da paz parecia confiante e fisicamente em forma.
Durante a meia hora que durou a audiência perante o tribunal de Naypyidaw, Aung San Suu Kyi apelou igualmente os myanmarianos a manterem-se saudáveis.
A ex-Primeira-ministra é acusada pela justiça do seu país, designadamente, de desrespeitar as restrições impostas devido à pandemia de coronavírus no decurso da campanha eleitoral de 2020 e de utilizar walkie-talkies sem licença.
No decurso da presença de Aung San Suu Kyi no tribunal, as imediações do edifício foram cercadas por um importante dispositivo de segurança policial.(x) Fonte: RFI
San Suu Kyi aguardou semanas antes de ser ouvida pelo tribunal, e os seus advogados tiveram muitas dificuldades para ter acesso a sua cliente.
A próxima audiência de Aung San Suu Kyi está prevista para 7 de Junho. A ex-chefe do governo de Naypyidaw, pode avistar-se com o antigo presidente de Myanmar, Win Myint,detido na mesma altura em que Suu Kyi.
Numa entrevista ao canal de televisão de Hong Kong, Phoenix Television, o líder da junta militar, que governa Myanmar depois do golpe de Estado de 1 de Fevereiro, Min Aung Hlaing, afirmou a semana passada que Aung San Suu Kyi fez tudo o que podia fazer.
Um grupo de deputados da Liga Nacional para a Democracia, partido da antiga Primeira-ministra, constituíu um "Governo de Unidade Nacional" paralelo, na tentativa para desacreditar a junta militar no poder em Naypyidaw.