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sexta-feira, 18 junho 2021 10:09

Novas salas de aulas para 8.400 alunos em Moçambique

Um total de 8.357 alunos passam a ter aulas em salas convencionais em dois distritos de Manica, centro de Moçambique, com a entrega de 11 escolas reabilitadas, depois dos danos causados pelo ciclone Idai, em 2019.

As crianças tinham aulas ao relento ou em barracas precárias nos distritos de Gondola e Macate depois do ciclone Idai, em 2019, e recebem agora escolas construídas à prova de ciclones e com autonomia elétrica, graças a painéis solares.

As 11 escolas, oito reabilitadas e três construídas de raiz, fazem parte da última intervenção da organização não-governamental (ONG) internacional Save The Children em resposta ao impacto do Idai.

O objetivo é assegurar que todas as crianças tenham "o direito de receber um ensino de qualidade e inclusivo", segundo a diretora da organização na província de Manica, Ana Dulce Guizado. 

As infraestruturas de ensino estão entre as mais afetadas pelo Idai, de tal forma que ainda hoje se sentem os efeitos, pelo que a ONG disponibilizou também 935 carteiras para as salas de aula.

Combater abandono escolar

As autoridades locais esperam que as escolas renovadas sirvam para combater o abandono escolar, referiu o porta-voz da direção provincial de Educação de Manica, João Tricamo.

As novas salas vão evitar paragens que aconteciam "sempre que chovesse ou houvesse mau tempo", referiu.

O Conselho Executivo Provincial prevê este ano construir mais 40 salas de aulas para o ensino primário e 10 para o secundário com o apoio de vários parceiros, além da distribuição de 6.675 carteiras, referiu a governadora de Manica, Francisca Tomas.

"Está em curso a construção de 43 espaços temporários para minimizar o défice de salas de aulas (resultante da redistribuição de turmas devido à covid-19), estando para breve o início das obras de construção de 71 salas mistas, aproveitando o material local", acrescentou.

O ciclone Idai atingiu o centro de Moçambique em março de 2019, provocou 604 mortos e 1,8 milhões de pessoas foram afetadas. Foi um dos ciclones mais mortíferos de que há registo no hemisfério sul, com ventos fortes e inundações cujos prejuízos sociais e económicos ainda hoje se sentem.(x) Fonte:DW

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