O negociador da Privinvest disse estar pronto para ser ouvido no âmbito das dívidas ocultas. Jean Boustani reitera que o testemunho de Filipe Nyusi "é crucial aos interesses de uma justiça transparente e justa".
Num com comunicado desta quarta-feira (08.09), publicado pela firma de advogados Azoury & Asssocites Law Firm, Jean Boustani começou por afirmar que vê de forma positiva o facto de o juiz Efigénio Baptista ter permitido a sua participação no julgamento do caso das dívidas ocultas que decorre em Moçambique.
Jean Boustani, entretanto, lembra que o juiz tinha rejeitado anteriormente, a 17 de agosto, um pedido para que prestasse declarações. "Teria testemunhado com prazer na ocasião, se ele o tivesse permitido", garante.
O negociador da Privinvest, que supostamente pagou "luvas" a altos funcionários do Estado moçambicano e a "facilitadores" privados, diz ainda em comunicado, emitido em Beirute, que "ao contrário das palavras do meritíssimo juiz Efigénio José Baptista, nunca afirmei durante o meu julgamento nos Estados Unidos da América que corrompi moçambicanos ou autoridades moçambicanas".
Negociador da Privinvest alerta juiz
E Boustani se prontifica: "Terei todo o gosto em fornecer ao meritíssimo juiz todas as transcrições do meu julgamento nos Estados Unidos da América, caso tenha sido induzido em erro por terceiros, para que possa assumir a sua posição supostamente imparcial e independente ao longo do julgamento".
O negociador da Privinvest, que nega ser francês e se assume como libanês, tem um pedido para as autoridades moçambicanas: "Eu também solicito que a PGR responda a demanda oficial das autoridades libanesas para apresentar os detalhes das alegadas acusações ao invés de se manter em silêncio até a presente data".
E a finalizar o comunicado, Boustani assegura: "Estou disposto e pronto para comparecer perante Vossa Excelência juiz Efigénio José Baptista, assim que possível por videoconferência, realçando que qualquer processo burocrático proposto pela PGR pode consumir muito tempo e procedimentos".
O negociador da Privinvest destaca: "E eu acredito que o meu testemunho (e de Vossa Excelência Presidente Filipe Nyusi) é crucial aos interesses de uma justiça transparente e justa".(x) Fonte: DW