Polícia confirma morte de uma mulher em incidente no distrito de Muanza, onde 10 homens armados invadiram um estabelecimento comercial. A região centro de Moçambique tem sido alvo de ataques da Junta Militar da RENAMO.
O Comando Policial da Província de Sofala confirmou esta sexta-feira (10.09) que 10 homens armados com catanas e armas de fogo atacaram um estabelecimento comercial no distrito de Muanza. Nenhum grupo até ao momento assumiu a autoria do ataque.
Segundo o porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) na província, Daniel Macuácua, uma mulher morreu e dois homens ficaram feridos.
O incidente ocorreu por volta das 18 horas desta quinta-feira (09.09) na localidade de Chinapanimba, a 50 quilómetros da vila sede do distrito. O grupo apoderou-se de produtos de primeira necessidade que estavam no estabelecimento comercial, além de levar um montante não informado em dinheiro.
Macuácua não confirmou se o grupo que atacou o estabelecimento comercial é integrado pela Junta Militar dissidente da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), comandada por Mariano Nhongo. "Equipas trabalham no local para tentar identificar os autores do crime”, disse Macuácua em declaração à imprensa na manhã desta sexta-feira (10.09.).
Incidente em março
Em março, um grupo de indivíduos também desconhecidos dispararam contra um comboio de carga ao longo da linha de Sena. O incidente ocorreu na divisa de Muanza com o distrito de Cheringoma. O maquinista foi ferido.
A linha de Sena foi palco de sucessivos ataques armados contra comboios de carga entre os anos 2014 e 2017. Na altura, as autoridades acusaram homens armados da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) de estarem por trás dos ataques.
Afonso Dhlakama liderava então o maior partido da oposição. Os principais alvos eram locomotivas da empresa mineira de carvão Vale Moçambique, que chegou a suspender a circulação na região por temer os ataques armados.(x) Fonte: DW