"Moçambique LNG: adiado para 2026", lê-se na informação aos investidores divulgada pela petrolífera. A produção de gás natural liquefeito em Cabo Delgado está suspensa desde o ataque à vila de Palma, em março.
A petrolífera TotalEnergies adiou por mais dois anos, para 2026, a previsão de produção de gás natural liquefeito em Cabo Delgado, região norte de Moçambique sob conflito armado, de acordo com a mais recente informação a investidores.
"Moçambique LNG (gás natural liquefeito, sigla inglesa): adiado para 2026", lê-se no documento divulgado na terça-feira (28.09) e consultado pela agência de notícias Lusa.
A previsão anterior apontava para 2024, mas a ocupação terrorista da vila de Palma, nas imediações das obras do projeto, no final de março, levou à suspensão do empreendimento liderado pela Total.
Na altura, a empresa apontou para um ano de paralisação, regressando quando estivesse garantida a segurança.
Já esta quarta-feira, Adriano Maleiane, ministro da Economia e Finanças moçambicano, disse no Fórum sobre a Resiliência em África, em Abidjan, que a retoma poderia até acontecer mais cedo.
Depois da retoma da atividade, deverão começar as principais obras de construção civil e de instalação de tecnologias, sendo que o primeiro carregamento de gás por via marítima, abrindo portas às receitas do projeto, está agora previsto pela própria petrolífera para 2026.
O empreendimento é o maior investimento privado em curso em África, da ordem dos 20 mil milhões de euros.(x) Fonte: DW