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sexta-feira, 08 outubro 2021 08:15

Lançado plano de reconstrução no contexto do terrorismo em Cabo Delgado

Estrada Metuge - Quissanga em reabilitação Estrada Metuge - Quissanga em reabilitação

Prover acesso a serviços básicos como água, energia e telecomunicações são a prioridade do Governo de Moçambique. Auxílio para as comunidades agrícolas também são prioridade para o norte do país, afetado pelo terrorismo.

Após quatro anos de destruição de propriedades pelos terroristas em Cabo Delgado, um plano de reconstrução foi lançado nesta quarta-feira (06.10.) pelo primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário. Os principais objetivos são "assegurar que as infraestruturas destruídas, os serviços básicosessenciais como água, energia, telecomunicações e vias de acesso sejam repostos”. Do Rosário também sublinhou que espera que "a reabilitação se faça em tempo útil”.

Várias ações de reconstrução da província já foram iniciadas por diferentes entidades, entre as quais a Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte, Instituto Nacional de Gestão de Riscos e Desastres, e outros.

O primeiro-ministro afirmou que o plano de reconstrução é um instrumento essencial para que se possa trabalhar "de forma coordenada e buscar os meios necessários, juntos do Orçamento do Estado e dos parceiros”. Segundo o primeiro-ministro, o documento também é necessário para que haja melhor atribuição dos deveres de cada um "sem que haja sobreposição de esforços e perda de recursos”.

Quem paga?

A reposição deverá custar cerca de 260 milhões de euros, que deverão ser suportados por fundos públicos e dos parceiros de cooperação. A vice-ministra da Indústria e Comércio, Ludovina Bernardo, salientou que o plano inclui ações de médio prazo, tal como o restabelecimento da produção.

Entre as ações que Ludovina sublinhou como importantes para a volta das populações as suas áreas de cultivo estão o fornecimento de "insumos e kits, a reabilitação das infraestruturas agrarias, que são os regadios e as represas, além de garantir a irrigação dos campos agrícolas”.

A vice-ministra também ressaltou a importância da "reinstalação de agentes bancários e de serviços de comunicação para [as populações] recorrerem aos serviços de moeda eletrónica”.

Privados esperam mais do que promessas

Os ataques terrorista provocaram prejuízos enormes também para o setor privado. Pelo menos 4.965 micro, pequenas e médias empresas foram destruídas.

Empresários como Assifo Hosman esperam que o plano não passe de promessa. "A divulgação é um ato simbólico, mas é preciso passarmos à ação”. Ele diz ter esperança de que a implementação funcione e que seja reflexo do que foi o fórum, inclusivo com "vários setores da sociedade”.

Seguir com a reestruturação da região é possível após sua retomada com apoio militar estrangeiro.(x) Fonte: DW

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