Em Moçambique a morte anunciada do líder da junta militar da Renamo Mariano Nhongo foi recebida com sentimentos díspares.O embaixador da União Europeia no país, por exemplo, lamenta o fim trágico de um guerrilheiro a quem por diversas vezes foi dada a oportunidade para se juntar aos esforços de pacificação da zona centro e no desenvolvimento do país.
O anúncio da morte do general Mariano Nhongo pelas forcas governamentais está a suscitar varias reacções.
Antonio Sanchez Benedito Gaspar, embaixador da União Europeia em Moçambique, entende que o general podia ter evitado a morte em combate.
"Foram inúmeras as ocasiões nas quais o senhor presidente da República fez chamamentos, e a respeitar os acordos de paz de Maputo de Agosto de 2019. Aqueles chamamentos infelizmente não foram atendidos", declarou o diplomata europeu.
José Manteigas, porta voz da Renamo, partido para o qual Mariano Nhongo estava de costas voltadas há dois anos, lamentou o seu fim trágico.
Manteigas afirmou :"sempre defendemos que não seria desejável a morte seja de quem for para resolver seja qual for o diferendo".
As organizações da sociedade civil moçambicanas por intermédio de Quiteria Guirengane, consideram ser preciso curar as feridas mais profundas do país que residem na reconciliação nacional.
"Quando dizemos que continuamos a ter desmobilizados de guerra,na zona centro, a reclamarem que as promessas não estão a ser cumpridas nós questionamos se não nascem novos Nhongos", segundo ainda Guirengane
Mariano Nhongo continua a ter apoiantes e as organizações da sociedade civil receiam que, o futuro de paz pode ser incerto nas províncias de Manica, Sofala e Tete, na região centro de Moçambique.(x) Fonte:RFI