A Rússia exige que a NATO renuncie a qualquer atividade militar no território da Ucrânia e de vários países na Europa de Leste e propôs negociações imediatas com os Estados Unidos.
O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Riabkov, disse hoje que o seu Governo não aceitará a expansão da NATO na Europa de Leste, incluindo na Ucrânia, e que exige restrições de tropas e de armas da Aliança Atlântica na Europa.
As exigências - que foram apresentados aos EUA e aos seus aliados no início desta semana - também incluem a proibição do envio de navios de guerra e aeronaves norte-americanos e russos para áreas de onde possam atacar o território um do outro.
Esta condição inclui o voo de aviões bombardeiros equipados com ogivas nucleares ou armas convencionais, bem como navios de superfície.
GOVERNO DISPONÍVEL PARA DISCUTIR COM WASHINGTON
Riabkov disse que o seu Governo está disponível para discutir com Washington, de imediato, estas condições.
"Da nossa parte, estamos preparados, imediatamente, ainda amanhã, para viajar para um país terceiro e conversar com os Estados Unidos", referiu o vice-ministro russo.
Riabkov disse ainda que a Rússia espera uma "resposta construtiva" por parte dos Estados Unidos e propôs a cidade suíça de Genebra como local para "iniciar estas negociações importantes" sobre as exigências para assegurar condições de segurança.
ESCALADA DE TENSÕES SOBRE AUMENTO DE TROPAS RUSSAS NAS FRONTEIRAS DA UCRÂNIA
A divulgação dos projetos para um pacto ocorre no contexto de uma escalada de tensões sobre o aumento de tropas russas nas fronteiras da Ucrânia, sugerindo uma iminente invasão, apesar dos desmentidos de Moscovo.
Serguei Riabkov admitiu que as relações da Rússia com os EUA e com os seus aliados da NATO se aproximaram de um "ponto perigoso", acrescentando que os exercícios militares da Aliança Atlântica serão interpretados como "ameaças inaceitáveis" à segurança do seu país.
O Presidente russo, Vladimir Putin, já tinha defendido a necessidade de garantias de segurança para o seu país, durante a videoconferência com o seu homólogo norte-americano, Joe Biden, na passada semana.
Durante essa conversa, Biden expressou preocupação com o aumento de tropas russas nas fronteiras da Ucrânia e avisou que a Rússia enfrentaria "graves consequências" se Moscovo atacasse o país vizinho.(x) Fonte:SIC