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sexta-feira, 14 janeiro 2022 10:27

Acordo entre Moçambique e Ruanda permite cordão de segurança em Cabo Delgado e Niassa

Acordo entre Kigali e Maputo prevê a adopção de novas estratégias para lidar com os desafios resultantes da expansão do terrorismo

O acordo assinado, nesta semana, entre Moçambique e o Ruanda poderá permitir o estabelecimento de um cinturão de segurança nas zonas limítrofes entre Cabo Delgado e as províncias de Nampula e Niassa, para travar a expansão do terrorismo, dizem analistas.

O acordo entre os dois países foi assinado na segunda-feira, 10, em Kigali, e prevê a adopção de estratégias para lidar com os novos desafios resultantes da expansão do terrorismo no norte de Moçambique.

O acordo foi assinado numa altura em que as autoridades governamentais dizem que, tal como em Cabo Delgado, também no Niassa, os jihadistas estão a ficar encurralados.

Para Egna Sidumo, especialista em questões de segurança, o ataque ao Niassa não visava, necessariamente, criar células terroristas naquela província, os jihadistas não tencionam estabelecer células terroristas na província do Niassa, mas desviar as atenções das forças militares envolvidas no combate ao terrorismo em Cabo Delgado.

"Obviamente que, Cabo Delgado, estando cercada por uma força muito bem organizada, em termos de extensão e de controlo territorial, os terroristas tinham que se refugiar em algum lugar, e neste caso foi a província do Niassa; naturalmente que não se pretende minimizar este ataque, mas não foi um ataque de grande envergadura", realça aquela especialista.

Sidumo refere ainda que o acordo visa a colocação de forças ruandesas noutras áreas do território moçambicano, que poderão ser Nampula e Niassa, onde também se justifica a criação de um cinturão de segurança.

Borges Namire, outro especialista em assuntos de segurança, considera importante o estabelecimento de cinturão de segurança, particularmente na província do Niassa, que faz fronteira com o Malawi.(x) Fonte:VOA

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