Autoridades alertam que o centro de Moçambique continua sob risco de inundações. A tempestade já atingiu mais de 45 mil pessoas. Governo promete realizar inquérito sobre resiliência de infraestruturas em Tete.
A província moçambicana de Sofala continua sob alerta de inundações e uma nova depressão cresce no oceano Índico, após a passagem da tempestade Ana
De acordo com dados das autoridades locais e do Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD), pelo menos 20 pessoas terão morrido com a tempestade, embora relatos da população nas zonas afetadas apontem para um balanço de vítimas ainda maior, por registar.
"Dado que Moçambique está na sua estação chuvosa, a situação poderá deteriorar-se rapidamente se outra depressão tropical ou ciclone trouxer chuvas adicionais significativas a rios e barragens já cheias", acrescentou.
Tempestade Batsirai aproxima-se
Um alerta que é feito numa altura em que uma segunda depressão, a tempestade Batsirai, já se formou no oceano Índico.
que provocou pelo menos 20 mortos, anunciaram autoridades e organizações de socorro.
Apesar de a intempérie já ter passado, a proteção civil alerta: "O risco de inundações continua", sobretudo na província de Sofala, centro de Moçambique, porque as chuvas não pararam e continuam a alimentar bacias hidrográficas que ficaram acima dos níveis de alerta nos últimos dias.
Segundo as autoridades, os distritos em maior risco são os de Nhamatanda e Buzi, dois dos que ficaram submersos durante o ciclone Idai em 2019, e ainda Caia e Chemba.
Mais de 45 mil pessoas afetadas
Face ao cenário, o total de pessoas afetadas pela tempestade Ana pode agravar-se, anunciou hoje o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em comunicado.
Segundo a estimativa daquela agência das Nações Unidas, haverá mais de 45 mil pessoas afetadas, metade das quais mulheres e crianças. Prevê-se que "estes números aumentem", destaca, uma vez que as "equipas no terreno ainda estão a avaliar a situação".(x) Fonte:DW