Na abertura da 2ª sessão ordinária do partido, o presidente Lutero Simango afirmou que o combate ao terrorismo não deve estar concentrado na perspetiva militar. MDM deve indicar este domingo o seu secretário-geral.
O líder do partido Movimento Democrático de Moçambique (MDM) defendeu que o combate ao terrorismo em Cabo Delgado não deve estar concentrado na perspetiva militar, destacando a importância de "soluções económicas e sociais" para travar o recrutamento da juventude.
"Que fique claro, que o combate ao terrorismo em Cabo Delgado, além de soluções militares, requer soluções económicas e sociais", disse Lutero Simango.
O presidente do MDM falava, no final da noite de sábado, na abertura da segunda sessão ordinária do partido, um encontro de dois dias que junta quadros da terceira força política parlamentar em Chimoio, na província de Manica, centro de Moçambique.
Para o líder do MDM, a adoção de políticas económicas e sociais inclusivas para o Norte de Moçambique pode travar o recrutamento de jovens pelos grupos rebeldes, evitando o sofrimento das populações que continuam a ser vítimas da "barbaridade" do terrorismo na região.
"Toda a tendência à violência deve ser condenada [...], os nossos concidadãos de Cabo Delgado têm sofrido, desde 2017, ataques, agressões e violência armada. Queremos endereçar a nossa solidariedade", frisou Lutero Simango.
Democracia interna em debate
A 2.ª sessão ordinária do MDM junta de 150 delegados e convidados de todas as províncias, na ambição de debater relatório do secretariado que dirigiu o partido nos últimos anos, bem como estratégias para o fortalecimento da democracia dentro daquela força política.
Lutero Simango, engenheiro de formação, assumiu a liderança do MDM em dezembro, sucedendo ao seu irmão mais novo,Daviz Simango, fundador do partido que morreu em fevereiro vítima de complicações de saúde.
Além de ser a terceira força política no Parlamento, com seis deputados, o MDM governa o município da Beira, segunda maior cidade do país.
A Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) detém uma maioria qualificada de 184 dos 250 assentos parlamentares e a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), a principal força de oposição, detém 60.(x) Fonte: DW