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segunda-feira, 10 outubro 2022 04:52

Cabo Delgado: Pouco mais 44 mil pessoa procuram serviços de provedores de justiça no país

Este dado foi revelado nesta Quinta-feira, 06 de Outubro do corrente ano, pelo Provedor de Justiça, Isaque Chande num seminário de reflexão entre o Provedor de Justiça e as organizações da sociedade civil, com vista a aprimorar a actuação dos intervenientes em busca da Justiça social, no sentido de uma maior participação da Sociedade Civil na reconstrução e no alívio do sofrimento das pessoas afectadas pelas acções bárbaras dos terroristas em Cabo Delgado. 

Na ocasião, o Provedor de justiça, Isaque Chande, disse que o processo de expansão dos serviços de justiça será início logo no próximo ano.
"Este processo de expansão, vai iniciar nos próximos anos, próximo ano digo por exemplo, podemos começar com Nampula no próximo ou podemos começar com a beira, depois podemos ir com as outras Províncias, está consagrado no programa quinquenal do governo que neste ciclo de governação serão abertas pelo menos quatro (4) representações de Provedor de Justiça e acho que isso de fundamental de importância porque este órgão é órgão que foi criado para ajudar pessoas, então ele tem que estar próximo das pessoas" - disse, Isaque Chande, Provedor de justiça Nacional
Por seu turno, o Secretário de Estado na província de Cabo Delgado, Antonio Supeia, agradeceu aos organizadores por terem escolhido a Província de Cabo Delgado.
"Queremos agradecer a amabilidade de Vossa Excelência, Digníssimo Provedor de Justiça, pelo convite que nos foi endereçado para participar neste importante evento dirigido
às Organizações da Sociedade Civil de Cabo Delgado, e por terem escolhido a nossa Província e a Cidade de Pemba em especial, para acolher este Seminário.A nossa  Província tem sido, de algum tempo a esta parte, flagelada por incursões terroristas"- disse, António Supeia,Secretário de Estado da província de Cabo Delgado
Os representantes das organizações da sociedade civil, agradeceram a oportunidade de participar ao seminário, e ainda avançam que, os órgãos de justiça estão   longe do cidadão, e pedem que os serviços de justiça sejam mais perto das comunidades.
"Com este seminário, que estamos a ter ainda mais hoje, que vai nos abrir horizontes cá nós da sociedade civil, que merecemos ter essas informações e vamos expandir para comunidades pelo mundo fora e há outras pessoas que não conhecem e essas pessoas precisam de informação visto que todos nós temos direito a informação da justiça" - disse Neves Antonio, Delegado Provincial, da Associação e Coalizão da Juventude Moçambicana
"Olhando para provedor de justiça aqui em Cabo Delgado, primeiro eu agradeceria essa oportunidade desse seminário, visto que, a maioria das comunidades não tem acesso à justiça, a justiça aqui, em Cabo Delgado, concretamente posso dizer, no distrito onde eu vivo, a justiça é para quem tem algo para puder Pagar alguma coisa é que tem direito de ser ouvido, e aproximar para procurar, os direitos dele que São violados, eu digo isso, a justiça aqui em Cabo Delgado, não é inclusiva, é para um grupo que tem" - disse, Maria de Lourdes, representante da associação AMEC, em Montepuez
"Em Moçambique, a maioria das pessoas não tem acesso a justiça, principalmente por falta de conhecimento, falta de informação, como eu disse anteriormente que os órgãos de justiça estão longe do cidadão, então é importante que haja esforço conjunto tanto dos órgãos de justiça, do Governo, como órgãos da sociedade civil, para que as pessoas tenham mais informação e os serviços de justiça sejam mais perto das pessoas " - disse, Telma Adriano representante Do Centro de Aprendizagem e Capacitação da Sociedade Civil
Na mesma senda, o Secretário de Estado, repisou ainda sobre a situação de justiça em Cabo Delgado
"O acesso à justiça pelos cidadãos afigura-se como um grande desafio, tendo em conta o aumento da demanda pelos serviços públicos, causado pelo movimento de deslocados em 
busca de segurança e tranquilidade, o que pressupõe maior Já intervenção do Estado na  provisão dos serviços básicos  necessários para minimizar o sofrimento a que as nossas comunidades estão submetidas"- disse António Supeia, Secretário de Estado Na Província de Cabo Delgado(x)
 
Por: Baptista Zacarias
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