A Província de Cabo Delgado tem enfrentado um grave conflito armado desde 2017, marcado por ataques violentos de grupos insurgentes com ligações a extremismos religiosos. O conflito resultou em milhares de mortes e no deslocamento forçado de mais de um milhão de pessoas, comprometendo a segurança e a estabilidade da região. As forças armadas moçambicanas, com apoio de tropas da SADC e de outros países, têm sido mobilizadas para combater a insurgência, enquanto a situação humanitária continua crítica.
O Governador da Província de Cabo Delgado, Valige Tauabo, falou a jornalistas esta quarta-feira, 25 de Setembro de 2024, na cidade de Pemba, durante as comemorações do Dia da Luta de Libertação Nacional, enfatizando a importância das forças armadas na defesa da pátria e na promoção da segurança na região.
Tauabo iniciou sua declaração expressando solidariedade aos combatentes que perderam a vida no período de luta pela independência de Moçambique, de 1964 a 1975, e destacou o papel contínuo das forças armadas na atualidade.
"Queremos reiterar as nossas saudações a todos os que defendem a nossa pátria, especialmente aos que estão na reserva e à força local que tem sido fundamental na protecção do nosso território", afirmou.
O Governador abordou os desafios enfrentados por Cabo Delgado, mencionando a presença de acções hostis na região, mas ressaltou a determinação das forças de defesa e da juventude local em continuar a luta pela segurança e estabilidade.
"A defesa da pátria é um compromisso constante, que abrange tanto a vertente armada quanto o diálogo", afirmou, indicando que o diálogo tem sido uma estratégia bem-sucedida.
Tauabo também pediu à população que continue a apoiar as forças armadas, encorajando a denúncia de comportamentos suspeitos nas aldeias.
"A colaboração da comunidade é essencial para que Cabo Delgado possa iniciar o seu desenvolvimento", destacou.
Por fim, o Governador exortou as forças de defesa a continuarem a trabalhar para garantir uma segurança efectiva.
"Depois de visitarmos todos os distritos e algumas aldeias ao nível da nossa província, queremos agradecer mais uma vez às nossas forças de defesa que criaram condições para que o ambiente festivo fosse possível. Queremos que continuem a manter a segurança de modo a que ela não possa se ceder, para que a província possa sonhar com o bem-estar", concluiu o Governador. (x)
Por: António Bote
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