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Ivan

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As eleições gerais de 2024, realizadas no dia 9 de Outubro, tinham como objectivo escolher o próximo presidente e os membros das assembleias da república e provinciais. Em um contexto marcado por desafios e tensões políticas, a expectativa era de um pleito tranquilo, e a Polícia da República de Moçambique (PRM) mobilizou-se intensamente para garantir a segurança durante todo o processo.

Em conferência de imprensa realizada nesta quinta-feira, a porta-voz da PRM em Cabo Delgado, Eugénia Nhamussua, apresentou um balanço do processo eleitoral.

Estivemos desdobrados em todos os quadrantes para assegurar que tudo ocorresse de forma tranquila”, afirmou, elogiando a mobilização das forças de segurança. Nhamussua destacou que a atuação da PRM foi fundamental para garantir a segurança e o funcionamento normal das assembleias de voto.

A porta-voz relatou que foram reportados cinco casos de ilícitos eleitorais, incluindo filmagens de boletins de voto e tentativas de depósito de votos duplicados.

“Em Pemba, um eleitor foi flagrado gravando o ato de votação; em Montepuez, um cidadão tentou inserir boletins de voto já preenchidos na urna”, detalhou Nhamussua. Outras situações preocupantes ocorreram em Ancuabe e Chiure, onde houve tentativas de obstrução ao trabalho de observadores eleitorais.

No distrito de Chiure, “um grupo de 15 indivíduos tentou impedir que observadores realizassem suas funções”, mas a intervenção da polícia conseguiu restabelecer a ordem. “A actuação rápida das autoridades foi fundamental para garantir a continuidade do processo eleitoral”, ressaltou Nhamussua.

Todos os casos de ilícitos foram encaminhados ao ministério público para investigação, com a PRM reafirmando seu compromisso de manter a ordem e a segurança pública durante a contagem dos votos. A importância deste pleito em Cabo Delgado, uma região marcada por desafios, é significativa para a democracia moçambicana.

À medida que a contagem avança, a população e a comunidade internacional observam atentamente, na esperança de que as eleições de 2024 possam fortalecer a confiança nas instituições e promover a estabilidade na região. (x)

Por: António Bote

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As sétimas eleições gerais, realizadas em 9 de outubro de 2024, trouxeram à tona uma nova dinâmica política em Moçambique. Em uma entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias nesta quinta-feira, 10 de Outubro de 2024, representantes da sociedade civil e acadêmicos de Cabo Delgado reflectiram sobre o processo eleitoral, destacando expectativas, conquistas e os desafios que se avizinham.

O representante da sociedade civil, Frederico João, descreveu o ambiente do pleito como pacífico e organizado, embora reconheça que a perfeição é inatingível.

"Este processo de votação foi um dos melhores em termos de calma e harmonia. Apesar de alguns incidentes isolados, nada que comprometesse a integridade do processo, especialmente em Pemba", afirmou João.

No entanto, João expressou indignação com o desempenho da RENAMO, sugerindo que a falta de uma liderança forte contribuiu para a sua queda.

"O que se observa é um voto punitivo em relação à RENAMO, que falhou em manter a confiança dos eleitores. Isso deve servir de alerta para a FRELIMO também, que precisa de uma abordagem renovada e eficaz," destacou.

O acadêmico residente, Aly Caetano,criticou a falta de organização dos órgãos eleitorais, o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) e a Comissão Nacional de Eleições (CNE).

"Apesar de uma redução nas incidências, a ineficiência dessas entidades é preocupante. O processo eleitoral é sensível e precisa ser tratado com a máxima seriedade," ressaltou.

Caetano também apontou para a fraca participação da juventude, que representa 60% da população moçambicana, sugerindo que os jovens ainda hesitam em se engajar nos processos democráticos.

"É fundamental que a juventude se sinta encorajada a participar. Os resultados preliminares parecem indicar uma nova era política, mas o envolvimento jovem é crucial," enfatizou.

Um acadêmico que preferiu permanecer anônimo trouxe uma análise crítica à governança da FRELIMO, afirmando que os resultados atuais devem servir como um chamado à ação.

"As eleições mostraram uma administração fraca da FRELIMO e uma falta de estratégia da RENAMO. Este é um momento de aprendizado, e o novo presidente deve demonstrar uma governança clara e eficaz," concluiu.

À medida que os resultados das eleições de 2024 emergem, Cabo Delgado e o restante de Moçambique enfrentam uma encruzilhada política. O desafio será não apenas interpretar as mudanças, mas também agir em conformidade para construir um futuro mais inclusivo e responsável. (x)

Por: António Bote

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A ExxonMobil anunciou, em 4 de outubro, um acordo com a Chart Industries para fornecer a tecnologia de liquefação IPSMR® para o projeto Rovuma LNG, situado na Bacia Rovuma, em Moçambique. O projeto é operado por uma joint venture que inclui a ExxonMobil, a Eni e a China National Petroleum Corporation (CNPC), com cada empresa mantendo uma participação igual.

O projeto está localizado no distrito de Palma, na província de Cabo Delgado, uma região que possui significativas reservas de gás natural. Com uma capacidade total projetada de 18 milhões de toneladas de gás natural liquefeito (GNL) por ano, o Rovuma LNG se propõe a liquefazer gás natural extraído do bloco Área 4. A infraestrutura será composta por 12 módulos, cada um capaz de produzir 1,5 milhão de toneladas por ano.

A tecnologia IPSMR® da Chart foi escolhida por sua capacidade de aumentar a confiabilidade e reduzir as emissões de gases de efeito estufa, alinhando-se às metas de sustentabilidade do projeto. Jill Evanko, CEO da Chart Industries, expressou entusiasmo pela parceria, ressaltando a importância da tecnologia para a eficiência e viabilidade econômica do Rovuma LNG.

Com a implementação do IPSMR®, espera-se que o projeto não apenas amplie a produção de GNL, mas também diminua os custos de capital das instalações, contribuindo para a posição de Moçambique como um hub estratégico para o gás natural na região e promovendo o desenvolvimento econômico no distrito de Palma e em Cabo Delgado.

FONTE: https://www.gasworld.com/story/exxonmobil-awards-chart-ipsmr-tech-supply-deal-for-rovuma-lng-project/2144993.article/

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A guerra entre Israel e o Hamas, um ano depois do seu início, continua a ser marcada por tragédias e violações de direitos humanos, segundo a Amnistia Internacional.

A organização afirma que o prolongamento do conflito revela "um fracasso coletivo da Humanidade" e que as atrocidades cometidas por ambos os lados não podem passar sem responsabilização.

No comunicado divulgado hoje, 07.10 Agnes Callamard, secretária-geral da Amnistia, sublinhou que este é "um dia de luto", não só para os israelitas que perderam entes queridos, mas também para os palestinianos de Gaza, que enfrentam uma crise humanitária devastadora. A líder da Amnistia destacou que cerca de 90% da população de Gaza foi deslocada, com milhares de vidas perdidas, e alertou para o risco de genocídio na região.

Apesar das pressões internacionais, ainda não foi alcançado um cessar-fogo, e quase 100 reféns continuam em poder do Hamas. A Amnistia, assim como a Agência Lusa reporta, reforça a necessidade urgente de parar o fornecimento de armas a ambas as partes e de pôr fim à impunidade que tem permitido que crimes de guerra, tanto de Israel como do Hamas, se perpetuem sem consequências legais.

A líder da organização reiterou o apelo a um cessar-fogo imediato e à libertação incondicional dos reféns, sublinhando que o respeito pelo direito internacional e pelos direitos das vítimas é mais necessário do que nunca.

As declarações da Amnistia coincidem com as da Agência Lusa, que também sublinha o impacto devastador da ofensiva israelita na Faixa de Gaza e a necessidade de responsabilização por crimes de guerra.(x)

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O Tribunal Penal Internacional (TPI) divulgou na última sexta-feira 04.10 mandados de prisão para seis homens supostamente ligados a uma milícia brutal na Líbia, responsabilizada por uma série de assassinatos e crimes em Tarhunah, uma cidade ocidental estratégica onde valas comuns foram descobertas em 2020.

A Líbia enfrenta uma crise política desde a revolta apoiada pela OTAN que resultou na derrubada e morte do ditador Muammar Kadafi em 2011. Desde então, o país está dividido entre administrações rivais no leste e no oeste, cada uma apoiada por milícias e intervenções estrangeiras.

O promotor do TPI, Karim Khan, afirmou que as investigações reuniram evidências que indicam que os moradores de Tarhunah foram submetidos a crimes equivalentes a crimes de guerra, incluindo assassinato, ultrajes à dignidade pessoal, tortura, violência sexual e estupro.

Os mandados foram emitidos contra seis indivíduos: Abdelrahim al-Kani, Makhlouf Douma, Nasser al-Lahsa, Mohammed Salheen, Abdelbari al-Shaqaqi e Fathi al-Zinkal. Khan destacou que três dos suspeitos eram líderes ou membros seniores da milícia Al Kaniyat, que controlou Tarhunah de 2015 até junho de 2020, enquanto os outros três eram autoridades de segurança líbias associadas à milícia na época dos crimes.

Os mandados para quatro dos suspeitos foram emitidos em abril de 2023, e mais dois em julho, mas permaneceram em sigilo até agora. “Minha opinião é que a prisão e a rendição podem ser alcançadas de forma mais eficaz por meio da divulgação desses mandados”, declarou Khan. Escreve O África News.

As valas comuns em Tarhunah foram descobertas após a retirada da milícia, que ocorreu após uma campanha fracassada de 14 meses do comandante militar Khalifa Hifter para capturar o controle de Trípoli.

O TPI não possui uma força policial própria e depende da colaboração de seus 124 estados-membros para a execução dos mandados. Khan mencionou que seu escritório está “buscando trabalhar em estreita colaboração com as autoridades líbias para que esses indivíduos possam enfrentar as acusações em tribunal” e está colaborando com oficiais para garantir suas prisões.

O tribunal iniciou uma investigação na Líbia em 2011 a pedido do Conselho de Segurança da ONU, emitindo rapidamente mandados para suspeitos, incluindo o ex-ditador Gadhafi, que foi morto antes de ser capturado. O filho de Gadhafi, Saif Al-Islam Gadhafi, também está entre os procurados pelo tribunal. (x)

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Um intenso confronto entre as tropas indianas e supostos rebeldes maoístas resultou na morte de pelo menos 31 militantes no centro da Índia, de acordo com informações da polícia local. A Euronews reporta que os combates eclodiram na sexta-feira, após as forças de contra-insurreição, atuando com base em informações de inteligência, encurralarem cerca de 50 rebeldes na zona florestal de Abhujmaad, situada na fronteira entre os distritos de Narayanpur e Dantewada, no estado de Chhattisgarh.

O Inspetor-Geral da polícia estadual, Pattilingam Sundarraj, revelou que a operação foi iniciada na quinta-feira e culminou em uma batalha que durou cerca de nove horas. As forças de segurança continuaram as operações de busca na área, recuperando várias armas e munições, incluindo espingardas automáticas. Embora a polícia não tenha recebido qualquer declaração imediata dos rebeldes, vídeos do rescaldo da batalha foram compartilhados nas redes sociais.

A luta contra os maoístas, conhecidos localmente como naxalitas, remonta a 1967, quando começaram a reivindicar mais empregos, terras e recursos para as comunidades indígenas, em um contexto de negligência e exclusão social. Muitos aldeões enfrentam dificuldades significativas, como falta de emprego e acesso a serviços básicos, tornando-os vulneráveis à influência dos rebeldes, que falam as mesmas línguas tribais e prometem lutar por um futuro melhor.

As autoridades indicam que este ano, pelo menos 171 militantes foram mortos em Chhattisgarh, sendo os combates de sexta-feira os mais mortíferos até agora. Em um contexto mais amplo, os rebeldes têm um histórico de emboscadas, destruição de propriedades governamentais e ataques a infraestruturas, como ferrovias e prisões, em busca de recursos e apoio. (x)

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Com os bombardeios israelenses intensificando-se no Líbano, trabalhadores migrantes africanos enfrentam um sentimento de desamparo e vulnerabilidade. Soreti, uma trabalhadora doméstica etíope que vive na cidade de Tyre, descreveu a experiência devastadora após os ataques aéreos que atingiram seu bairro em 23 de setembro. “Foi um massacre”, afirmou ela à Al Jazeera uma estação televisiva com sede em Doh Catar , ressaltando a destruição de prédios onde moram idosos e crianças. "Estou bem, mas acho que perdi um pouco da audição. As crianças aqui têm medo de dormir por causa de pesadelos.”

Soreti é uma entre cerca de 175.000 a 200.000 trabalhadoras domésticas migrantes que habitam o Líbano, a maioria delas originárias da Etiópia. A chegada desses trabalhadores começou na década de 1980, e muitos enfrentam condições de trabalho precárias, enviando o pouco que ganham para suas famílias. Com o agravamento do conflito, muitos estão entre os deslocados, sem um lugar seguro para ir. “Todos fugiram da cidade em direção a Beirute ou outros lugares onde tinham parentes. Mas para os migrantes, não há lugar para ir”, disse Soreti.

A escalada da violência no Líbano, que já contabilizou pelo menos 1.900 mortos em ataques israelenses no ano passado, tem impactado diretamente a população migrante. Wubayehu Negash, outra trabalhadora doméstica etíope, mencionou que, embora ainda não tenham sido atingidos diretamente, as áreas vizinhas sofreram destruição significativa. “Estamos bem, mas me sinto desconfortável em ficar”, afirmou, lembrando-se de ataques anteriores.

A crise financeira que começou em 2019 exacerbou a situação, com três quartos da população vivendo abaixo da linha da pobreza, segundo as Nações Unidas. Muitos trabalhadores domésticos perderam seus empregos durante a pandemia de COVID-19 e, com isso, ficaram vulneráveis à exploração. Em contrapartida, a repatriação de cidadãos, especialmente de países como as Filipinas, tem sido uma prioridade, enquanto a resposta dos diplomatas africanos no Líbano tem sido praticamente inexistente.

Sophie Ndongo, uma líder comunitária camaronesa, expressou sua frustração com a falta de apoio. “É como se não tivéssemos embaixadas aqui”, disse ela à Al Jazeera, ressaltando que, após os bombardeios, recebeu pedidos de ajuda de mulheres que se sentem encurraladas e desamparadas. “Nas últimas semanas, tivemos mulheres fugindo do sul do Líbano e vindo para Beirute em busca de abrigo. Outras me ligaram depois que seus empregadores as trancaram em suas casas e fugiram.”

A situação ilustra a luta dos migrantes africanos no Líbano, que enfrentam não apenas a ameaça de bombardeios, mas também a negligência das autoridades e a falta de redes de apoio em tempos de crise.(x)

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Na madrugada de hoje 05.10, o campo de refugiados de Beddaoui foi alvo de um bombardeio das Forças de Defesa de Israel (IDF), resultando na morte de pelo menos quatro pessoas, incluindo duas crianças. Este é o primeiro ataque israelita na região desde o início do atual conflito. De acordo com o canal libanês Al Manar citado pelo MUNDOAOMINUTO, o bombardeio, que atingiu um edifício residencial, deixou a construção em chamas e provocou também diversos feridos.

O jornal 'L'Orient-Le Jour' informou que o ataque tinha como alvo um membro do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), embora o grupo palestiniano ainda não tenha comentado sobre o incidente. O Times of Israel, citando fontes ligadas ao Hamas, identificou Saeed Atallah, líder do braço armado al-Qassam, como uma das vítimas, juntamente com três membros da sua família.

Situado a cinco quilómetros de Tripoli, a segunda maior cidade do Líbano, este ataque marca um novo desenvolvimento no conflito, que se intensificou desde que os confrontos com a milícia xiita Hezbollah começaram em 8 de outubro. Desde então, aproximadamente dois mil libaneses perderam a vida e mais de 1,2 milhões foram deslocados devido a uma série de bombardeamentos, que se intensificaram após a invasão terrestre israelita iniciada na terça-feira.

Além do ataque em Beddaoui, explosões foram ouvidas nos subúrbios a sul de Beirute, onde o exército israelita emitiu ordens de evacuação para diversos bairros, alertando que atacaria alvos do Hezbollah. A agência France-Presse noticiou a presença de nuvens de fumo próximas ao aeroporto de Beirute.

A Al Manar também reportou ataques armados israelitas em áreas como Bardala, a noroeste de Ramallah, e Burga, perto de Nablus.

O Hezbollah, por sua vez, informou que estava envolvido em confrontos com as tropas israelitas na fronteira entre o sul do Líbano e o norte de Israel, com um comunicado indicando que "os confrontos continuam".

A escalada de hostilidades começou após um ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de 250 reféns, segundo autoridades israelitas. Em resposta, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza, resultando na morte de aproximadamente 41.800 pessoas, além de mais de 750 palestinianos mortos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, de acordo com fontes locais. (x)

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As forças ucranianas anunciaram hoje, 5 de outubro, a derrubada de um avião de combate russo na cidade de Kostiantynivka, na região de Donetsk, enquanto a Rússia reivindica avanços significativos no leste da Ucrânia. O chefe da Administração Militar de Kostiantynivka, Serhiy Horbunov, foi citado por veículos de comunicação locais, afirmando que o avião abatido causou danos a uma residência. Imagens divulgadas mostram destroços carbonizados do aparelho, refletindo a intensidade dos confrontos na região. Avança o Mundoaominuto.

Paralelamente, o Ministério da Defesa russo declarou que as suas tropas tomaram o controle da aldeia de Zhelanne Druhe. Se confirmada, essa captura ocorrerá dois dias após o anúncio das forças ucranianas de que estavam a retirar-se de Vuhledar, uma cidade localizada a 33 quilómetros de Zhelanne Druhe, evidenciando a dinâmica volátil do conflito.

Em meio a esses acontecimentos, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, revelou que apresentará o seu "Plano de Vitória" aos aliados do Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia na base militar de Ramstein, numa reunião agendada para a próxima semana. Numa mensagem publicada na sua conta na rede social X, Zelensky destacou que a sua equipa está a preparar-se para a 25.ª reunião, que será a primeira a reunir líderes políticos desde o início da guerra, em fevereiro de 2022.

Recentemente, Zelensky já havia partilhado detalhes desse plano com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante uma visita a Washington, indicando a busca contínua da Ucrânia por apoio internacional na luta contra a agressão russa. O cenário atual no leste da Ucrânia reflete a complexidade e a gravidade do conflito, à medida que ambos os lados buscam consolidar as suas posições. (x)

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A Comunidade Islâmica de Moçambique, representada pelo presidente Abdul Rashid, apresentou uma perspectiva alternativa sobre a violência em Cabo Delgado, que já perdura há sete anos. Rashid argumenta que o que muitos identificam como terrorismo é, na verdade, uma manifestação de interesses comerciais que não beneficiam a população local.

“Praticamente ali há algumas oportunidades, alguns interesses pessoais e comerciais. A nossa juventude está desamparada, e a juventude desamparada, sem educação, sem saúde e sem oferta de um emprego, é motivada, é cativada por alguns interesses externos, através de algum dinheiro ou oferta”,
afirmou ao Jornal O País, sublinhando que a falta de educação, saúde e emprego cria um terreno fértil para a manipulação externa.

Rashid sugeriu que os supostos líderes do terrorismo poderiam não ser terroristas genuínos, mas sim “agentes de algum consórcio ou de algumas empresas multinacionais. Eles fazem-se de terroristas só para distrair o povo moçambicano", declarou.

Ele questionou a narrativa que associou a comunidade muçulmana aos atos violentos, lembrando que “houve uma altura em que se dizia que os muçulmanos é que estavam envolvidos e provou-se que não era isso. E nós, a comunidade, estivemos em Cabo Delgado para ajudar e vimos que afinal de contas são pessoas que estão a ser financiadas para fazer esse trabalho” reafirmou o Presidente do Comunidade Islâmico de Moçambique, Abdul Rashid.

Luísa Marufo, docente universitária, falando ao Jornal O País, apoiou a ideia de diálogo como uma solução viável, enfatizando que, com a identificação de alguns líderes do terrorismo, o governo deveria buscar conversações para resolver a crise. Marufo também defendeu a necessidade de capacitar as Forças de Defesa e Segurança, sugerindo que o apetrechamento adequado poderia melhorar a situação.

A cerimônia que deu origem a essas declarações foi realizada durante a celebração do Dia da Paz, orientada pela Secretária de Estado de Sofala, ressaltando a urgência de abordar a crise em Cabo Delgado com soluções que envolvam a população local e respeitem seus direitos e interesses.(x)

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