O terrorismo em Cabo Delgado, no norte de Moçambique, tem registrado um aumento de mortes, conforme revelou o mais recente estudo do Instituto para a Economia e a Paz (IEP) sobre o Índice Global de Terrorismo 2025. O relatório, divulgado esta semana, aponta para uma escalada de ataques violentos na região, com um número crescente de vítimas fatais e uma intensificação da insegurança.
O Índice Global de Terrorismo (GTI), que analisa o fenômeno em 163 países, coloca Moçambique na 17ª posição, com mais de 60 incidentes, 122 mortos e 80 reféns apenas no último ano.
O relatório é produzido pelo Instituto para a Economia e a Paz (IEP), com sede em Sidney, na Austrália, e utiliza dados do Terrorism Tracker, entre outras fontes.
Nos primeiros seis meses de 2024, o grupo insurgente realizou ataques mortais em Cabo Delgado, incluindo raptos e massacres, além de provocar o deslocamento de mais de 200 mil pessoas.
Citado pela Lusa, o relatório menciona que a ala do Estado Islâmico de Moçambique (ISM), conhecida localmente como Al-Shabaab, embora não esteja relacionada com o grupo que atua na Somália, surgiu em outubro de 2017 a partir de uma seita salafista, quando combatentes fortemente armados lançaram ataques contra as forças de segurança no norte da província de Cabo Delgado, impulsionados por tensões crescentes com os líderes locais.
O grupo foi designado oficialmente uma "província" do Estado Islâmico e tem como principal área de operação o norte de Cabo Delgado, embora também tenha realizado ataques no sul da Tanzânia.
Os primeiros anos do grupo foram marcados por atividades violentas, com ataques frequentes contra civis nos distritos de Macomia, Mocímboa da Praia e Palma. Entre 2017 e 2019, o grupo esteve envolvido em 66 incidentes. Em 2019, o Estado Islâmico reconheceu oficialmente o grupo, reforçando seus recursos e foco estratégico.
O relatório destaca que, nos primeiros seis meses de 2024, o grupo intensificou seus ataques mortais, incluindo raptos e massacres, o que resultou no deslocamento de mais de 200 mil pessoas.
Apesar dos esforços das Forças Armadas de Moçambique e das forças internacionais da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) e de Ruanda para recuperar o território, "o grupo insurgente tem explorado a fraca autoridade do Estado na região para recuperar força e continua focado na captura e controle de territórios, adotando as mesmas estratégias usadas por outros ramos do EI no Iraque, Síria e Líbia", conforme o relatório.
De acordo com o Índice Global de Terrorismo, o grupo realizou, no ano passado, 28 ataques terroristas na República Democrática do Congo (RDC) e 33 em Moçambique. (x)
Por: Bonifácio Chumuni
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O Governo da província de Cabo Delgado e a Fundação Mozambique LNG assinaram, nesta terça-feira, 04 de Março de 2025, um memorando de entendimento com duração de três anos, com o objectivo de impulsionar o desenvolvimento social e económico da região. O acto ocorreu em Pemba, com a presença de autoridades locais, representantes da Fundação Mozambique LNG e deputados da Assembleia da República.
O Presidente do Conselho Executivo da Fundação Mozambique LNG, Máxime Rabilloud, destacou a importância do acordo para a província e esclareceu sobre o compromisso da fundação em apoiar o desenvolvimento das comunidades locais.
"Ainda estamos a fazer uma avaliação, mas estamos a falar de montantes significativos superiores a 1 milhão de dólares", revelou Rabilloud, sublinhando a magnitude do investimento que será destinado a diferentes projetos sociais.
Rabilloud explicou que a Fundação foi criada pelo projeto de gás Mozambique LNG e pelos seus parceiros, com o intuito de assegurar um compromisso de longo prazo para o desenvolvimento da província de Cabo Delgado.
"A Fundação Mozambique LNG foi criada pelo projeto de gás em Moçambique e pelos parceiros para garantir, através dessa fundação, um compromisso de longo prazo de investimentos para o bem-estar e o desenvolvimento do povo de Cabo Delgado. Este compromisso será sempre realizado em parceria com o governo, e é uma forma de compromisso imediato, pois, embora ainda não tenhamos começado a produção de gás liquefeito em Moçambique, decidimos antecipar as expectativas futuras e iniciar os investimentos já na área social e sócioeconómica da região", afirmou Rabilloud.
O Presidente da Fundação reforçou que a vocação da instituição é atuar de forma abrangente, trabalhando com diversos atores que desejam investir no desenvolvimento da região. "A vocação desta fundação é abrangente, trabalhar com todos os atores que querem investir na área socioeconómica e, em primeiro lugar, obviamente, trabalhar com a direção do governo da província e com os parceiros do projeto Mozambique LNG, como a TotalEnergies, operadora do projeto", disse.
No âmbito dos investimentos sociais, a Fundação Mozambique LNG irá concentrar-se, inicialmente, em áreas-chave como a educação e a saúde.
"Definimos investir na área da educação com o objetivo de construir ou reabilitar oito escolas, além de fornecer material escolar para apoiar a educação na região. Também na área da saúde, temos vários projetos, sendo que um deles é a formação de mais de 200 ajudantes na área de saúde, para contribuir para a realização de todo o apoio médico necessário à região", destacou Máxime Rabilloud.
O Governador da província de Cabo Delgado, Valige Tauabo, também se pronunciou sobre o acordo:
"É com grande satisfação e expectativa que tomo a palavra neste ato que testemunha a assinatura do memorando de entendimento entre a Fundação Mozambique LNG e o Governo Provincial de Cabo Delgado, com vista à materialização de importantes projetos para a população desta província."
Este memorando de entendimento visa proporcionar à província de Cabo Delgado um futuro mais próspero e sustentável, antecipando os benefícios que o projeto de gás trará para a região a médio e longo prazo. A parceria entre o governo e a Fundação Mozambique LNG demonstra um esforço conjunto para responder às necessidades mais urgentes da população local, com foco na educação, saúde e outros setores de desenvolvimento social. (x)
Por: Zumbo FM
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A vila de Mocímboa da Praia, no norte da província de Cabo Delgado, celebra nesta sexta-feira, 7 de março de 2025, os 66 anos da sua elevação à categoria de cidade, sob o lema Por um Município Próspero, Inclusivo e Sustentável. No entanto, a comemoração ocorre sob um clima de incerteza e preocupação, marcado pelas cicatrizes deixadas pelos conflitos armados que devastaram a região nos últimos anos. Neste aniversário, a população reforça o apelo por uma paz duradoura e pelo restabelecimento da segurança, fundamentais para a reconstrução da cidade e a retomada da normalidade.
Desde 2017, Mocímboa da Praia tem sido um dos epicentros dos confrontos entre insurgentes e forças governamentais. A violência resultou em deslocamentos em massa, destruição de infraestruturas e separação de famílias, deixando a cidade profundamente afetada.
Em entrevista à Zumbo FM Notícias, os munícipes expressaram o desejo de ver a estabilidade restabelecida, enfatizando a necessidade de um compromisso coletivo pela paz.
"Estamos a pedir, com toda a nossa força, uma paz verdadeira e duradoura. Já não podemos continuar a viver sob medo constante. Precisamos de condições para reconstruir nossas vidas e recuperar a nossa dignidade", afirmou António Mbassi, residente do Bairro 30 de Junho.
A mesma posição é partilhada por Ana Nhambe, moradora do bairro Muengue, que destacou o impacto visível do conflito na infraestrutura da cidade.
"As ruas estão marcadas pela guerra, as casas destruídas e as infraestruturas carecem urgentemente de reabilitação", lamentou.
Para Manuel Tavares, a reconstrução só será possível com o restabelecimento da ordem e da segurança.
"A violência trouxe apenas destruição e sofrimento para todos. Mas acreditamos que, com diálogo e entendimento, podemos superar essa fase difícil e recuperar a tranquilidade que a nossa comunidade merece", declarou.
O apelo dos habitantes não se limita ao fim das hostilidades, mas inclui uma solicitação direta aos insurgentes para deporem as armas e se juntarem ao processo de reconstrução.
"Pedimos que deixem as armas e venham para a mesa do diálogo. A nossa cidade precisa de paz, e a reconstrução só será possível se todos estivermos unidos, independentemente das nossas diferenças", reforçou Mbassi.
Muitas vozes em Mocímboa da Praia acreditam que o fim da violência e o compromisso com o diálogo são essenciais para restaurar a paz e a estabilidade na região.
Para os moradores, a paz é o bem mais precioso a ser recuperado. Somente com ela será possível garantir um futuro seguro e próspero para a cidade. (x)
Por: Bonifácio Chumuni
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A TotalEnergies negou que tenha suspendido contratos com empresas subcontratadas no âmbito do projeto Mozambique LNG, localizado na península de Afungi, em Cabo Delgado. Em resposta a uma pergunta da Zumbo FM Notícias sobre as razões específicas que levariam a petrolífera a suspender contratos de subcontratadas, a empresa admitiu que não está renovando contratos que chegaram ao fim. Esse processo, segundo a TotalEnergies, é considerado natural devido à situação atual do projeto, que permanece suspenso desde 2021.
A declaração foi feita pelo presidente do Mozambique LNG, Mazime Rabilloud, após um encontro com o governador de Cabo Delgado. Rabilloud reagiu a informações divulgadas por alguns meios de comunicação que sugeriam a suspensão de centenas de trabalhadores ligados ao projeto de exploração de gás na Área 1 da bacia do Rovuma.
“Estamos ainda em uma situação de ‘força maior’. Embora possamos compartilhar mais detalhes em outro momento, é evidente que não existem condições para a retomada do projeto. No entanto, estamos realizando obras de preservação e preparação, que têm início e fim bem definidos. Quando uma dessas operações é concluída, ocorre uma desmobilização natural, mas novas obras começarão assim que as condições permitirem”, explicou Rabilloud.
O projeto Mozambique LNG está suspenso desde 2021, após os ataques terroristas em Palma, que afetaram gravemente a segurança na região. A exploração de gás na Área 1, que estava prevista para ser retomada em 2023, sofreu um adiamento indefinido devido à insegurança.
A resposta de Rabilloud foi motivada por reportagens do portal Africa Intelligence, que alegaram que a TotalEnergies teria instruído o consórcio CCS – composto pelas empresas Saipem (Itália), Chiyoda (Japão) e McDermott (EUA) – a suspender operações e dispensar trabalhadores.
Embora não haja previsão concreta para o reinício das atividades, Rabilloud garantiu que a TotalEnergies continua a manter as infraestruturas no local e segue com a preparação da área para uma possível retomada das operações, sempre que as condições de segurança permitirem. (x)
Por: Bonifácio chumunmi
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O governador da província de Cabo Delgado, Valige Tauabo, afirmou que a região está a dar passos significativos em direção ao fim do terrorismo e do extremismo violento. Em declarações à imprensa, feitas nesta quarta-feira 6 de fevereiro de 2025, o governador destacou que, apesar de ainda ocorrerem ataques esporádicos, os indicadores de segurança são positivos e trazem esperança à população.
"Estamos a notar, gradualmente, uma estabilização na província. Os indicadores de segurança são encorajadores e mostram que estamos a caminhar para o fim do extremismo violento", disse o Governador da Província de Cabo delgado, Valige Tauabo.
O governador também abordou a situação do distrito de Quissanga, um dos mais afetados pela insurgência. "Quissanga foi bastante destruída, mas já estava em fase avançada de reconstrução. No entanto, no ano passado, novos ataques voltaram a causar destruição e pânico. A destruição das infraestruturas impede que os funcionários do Estado tenham um local adequado para se acomodar. Por isso, estamos a acelerar o processo de reconstrução para garantir que os profissionais e servidores tenham habitação. Além disso, já existe um serviço ambulatório para oferecer assistência básica à população", acrescentou.
O terrorismo em Cabo Delgado teve início em 2017, quando grupos armados, associados a uma facção radical islâmica, começaram a atacar vilas e aldeias na região norte de Moçambique.
Os insurgentes, conhecidos localmente como "al-Shabab". Desde então, a província tem sido palco de intensos confrontos entre os grupos insurgentes e as Forças de Defesa e Segurança (FDS), resultando em milhares de mortes, deslocações forçadas de populações e destruição de infraestruturas vitais.
A crise humanitária em Cabo Delgado gerou um fluxo significativo de deslocados internos, estimados em mais de 900.000 pessoas. O impacto econômico também foi severo, com o setor de gás e recursos naturais da província sendo diretamente afetado pelos ataques, além da queda no turismo e na agricultura.(x)
Por: Bonifácio Chumuni
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A multinacional americana ExxonMobil confirmou, nesta quinta-feira, 6 de março de 2025, em Maputo, que pretende contratar 70% de empresas moçambicanas para fornecer bens e serviços ao projecto Rovuma LNG, de exploração de gás natural na Área 4 da Bacia do Rovuma, na província de Cabo Delgado.
Em encontro com fornecedores moçambicanos e estrangeiros, o Diretor de Relações Públicas e Governamentais da ExxonMobil Moçambique, Armando Afonso, explicou que o objetivo é promover o conteúdo local, ao mesmo tempo em que se busca elevar a competitividade das empresas nacionais no setor petrolífero.
Afonso ressaltou que, devido à alta exigência da indústria petrolífera, as empresas moçambicanas precisarão se organizar para atender às demandas de serviços como segurança, catering, pavimentação e lavanderia, entre outros, com os padrões exigidos pela multinacional.
“Trabalhando em conjunto, acreditamos que podemos capacitar as empresas nacionais a fornecer serviços de qualidade, alinhados com as necessidades da indústria”, afirmou Afonso, conforme citado pelo Notícias.
O projeto encontra-se na fase de estudo, com a previsão de adjudicação do contrato de engenharia, aprovisionamento e construção da planta em Afungi, no distrito de Palma. Essa atualização visa permitir que as empresas moçambicanas acompanhem o progresso do projeto e saibam quais serviços poderão ser exigidos em cada etapa.(x)
Por: Bonifácio Chumuni
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Trata-se de um equipamento informático, que vai beneficiar cerca de 8 escolas da Província de Cabo Delgado, com objectivo de aumentar a literacia digital para jovens. A cerimónia de entrega dos equipamentos informáticos foi realizada esta quarta-feira, 05 de Março de 2025, na Escola Secundaria de Gingone na Cidade de Pemba.
Segundo o Director da Exxomobil, Armando Afonso, o equipamento informático, vai permitir que os alunos, possam acessar o conteúdo online e igualmente aumentar o nível de pesquisas de matérias de interesse académico.
"O equipamento informático, ou seja 120 computadores vao beneficiar oito escolas, estamos aqui para testemunhar a abertura da sala de informática desses computadores também com um conteúdo online isso ira ajudar os estudantes a aprender a aceder os conteúdos a fazer algumas pesquisas na internet portanto a educação para nos e área de foco em termos daquilo que e o investimento especial eu estava a dizer abocado que as áreas de ciência e tecnologia e uma área importante não apenas para o nosso investimento como pais porque através dela temos gente jovem nas áreas técnicas". - afirmou.
Armando Afonso, garantiu ainda que, a Exxomobil vai continuar a apoiar projectos com iniciativas de Desenvolvimento do conteúdo Local, além disso a sua permanência na província tem em vista, reunir empresas Nacionais e internacionais para facilitar a cooperação.
"Oque vocês devem esperar é a nossa presença em Cabo Delgado, em Pemba, daquilo que são os nossos compromissos com a comunidade, vamos continuar a apoiar os projectos de conteúdo local, alias nos estamos essa semana também para fazer parte de um fórum de fornecedores locais, que visa congregar empresas pequenas e medias de Moçambique, mas também internacional, para facilitar esta cooperação esse entendimento para promover o conteúdo Local". Garantiu Armando Afonso Director da Exxomobil
Por seu turno, Valige Tauabo, Governador da Província de Cabo Delgado, enalteceu o compromisso que a Exxomobil teve ao apoiar as escolas, e disse ainda que, num mundo digitalizado o equipamento será de grande utilidade para aumentar o conhecimento das tecnologias de informação e comunicação.
"Procedemos hoje a recepçao e entrega formal do equipamento informático, a escola secundaria de Gingone, uma das oito escolas beneficiadas desse lote, portanto quinze computadores um total de 120, e equipamento que hoje recebemos e mais uma valia das tecnologias de informação e comunicação porque a sociedade de uma forma geral, vive um novo mundo onde as tecnologias superam todas as barreiras de fronteiras entre pessoas, localidades, distritos, províncias e nações, exigindo pensar e crescimento muito rápido, neste mundo tao globalizado as tecnologias de informação e comunição TICs caracterizam se como ferramentas muitos úteis e proveitosos para o desenvolvimento da sociedade". - disse Valige Tauabo Governador de Cabo Delgado.
A Iniciativa enquadra-se no Programa SKILIIZ, promovido pela GCR e Financiado Pela Exxomobil, para aumentar a literacia digital nas escolas. (x)
Por: Esperança Picate
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O recenseamento militar em Cabo Delgado superou todas as expectativas, registrando uma adesão sem precedentes. Com um total de 29.758 jovens recenseados, o número ultrapassa em quase o dobro a meta estipulada para este ano. Apesar dos desafios iniciais, o processo decorreu de forma ordeira, demonstrando um engajamento crescente da juventude na defesa e segurança do país.
Em entrevista à Zumbo FM Notícias, nesta terça-feira (04.03.2025), a Delegada Provincial do Centro de Recrutamento e Mobilização de Cabo Delgado, Eunice Julane, destacou que os resultados foram extremamente positivos.
"O balanço é positivo. Digo isto porque nós conseguimos alcançar aquilo que foi a meta atribuída à província. Consideramos que a campanha ocorreu de uma forma ordeira. Nós tínhamos como meta recensear mais de 15.789 jovens e conseguimos recensear 29.758 jovens em toda a província", revelou Julane.
O crescimento no número de recenseados, segundo a delegada, reflete um aumento na consciencialização dos jovens sobre a importância do processo.
"Nós tivemos uma ligeira subida comparativamente ao ano transato, falo mais ou menos de 17% acima daquilo que foi a meta passada. Tivemos alguns desafios, principalmente no início. Falo da sensibilização e da fraca aderência em alguns distritos, que foi muito fraca, mas isso não comprometeu a meta", afirmou.
Apesar dos obstáculos enfrentados, o Centro de Recrutamento e Mobilização considera que o resultado demonstra um compromisso crescente da juventude cabo-delgadiana com os seus deveres cívicos e militares.
Julane aproveitou a ocasião para esclarecer dúvidas sobre o processo, alertando que o recenseamento militar ocorre apenas uma vez e que a perda do recibo não significa a necessidade de um novo registo.
"O recenseamento é apenas uma vez, não se repete porque os dados já estão no sistema. Se por acaso ele perder o recibo de recenseamento militar, o que tem que fazer é dirigir-se ao centro de recrutamento e pedir a segunda via do recibo militar. O recenseamento militar é de borla", - reforçou.
Com os números deste ano, as autoridades consideram que o envolvimento da juventude está em crescimento, o que pode refletir-se positivamente nos próximos processos de recrutamento e mobilização em Cabo Delgado.
O recenseamento militar decorreu ao longo dos primeiros meses do ano e foi concluído no dia 28 de fevereiro de 2025.(x)
Por: Nazma Mahando
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A Electricidade de Moçambique (EDM) na província de Cabo Delgado, sofreu prejuízos estimados em 300 milhões de meticais em consequência dos danos causados pela tempestade tropical CHIDO, que afectou a zona norte do país no dia 15 de Dezembro de 2024.
A informação foi divulgada na sexta-feira, 28 de Fevereiro de 2025, pelo Director Provincial da EDM, Hermínio Assamo, em entrevista à Zumbo FM Notícias.
Segundo Hermínio Assamo, o valor de 300 milhões de meticais inclui não apenas os danos materiais significativos, mas também as perdas associadas à energia não faturada, uma vez que a interrupção no fornecimento de energia resultou em prejuízos pela não faturação.
"Este montante de 300 milhões de meticais resulta da destruição das infraestruturas elétricas, sem contar com os prejuízos relacionados à energia não faturada. Cada dia de interrupção no fornecimento de energia contribui para perdas adicionais devido à não faturação", explicou o responsável da EDM.
O impacto da tempestade sobre a rede elétrica foi considerável, com 400 km de linhas de média tensão danificadas, 29 transformadores destruídos e 350 km de rede de baixa tensão afetados.
Aproximadamente 120 mil clientes ficaram sem fornecimento de energia devido aos estragos em várias áreas da província.
Assamo detalhou que "os danos afetaram sobretudo as linhas de média tensão e as infraestruturas de distribuição de energia. 400 km de linhas de média tensão foram danificadas, 29 transformadores foram destruídos, e 350 km de rede de baixa tensão ficaram comprometidos. Estima-se que cerca de 120.000 clientes foram diretamente afetados, especialmente nas zonas de Muxara, Ocua, Mecúfi e Mieze, que enfrentam grandes dificuldades de fornecimento de eletricidade."
Em face da magnitude dos danos, o Diretor Provincial da EDM fez um apelo à paciência da população, destacando que a equipa da empresa está a trabalhar de forma gradual para restaurar o fornecimento de energia.
"Apelo à população para que continue paciente. Estamos a fazer todos os esforços para estabilizar o sistema elétrico, mas os danos elevados exigem tempo e recursos significativos para que possamos restabelecer o fornecimento de energia", concluiu Hermínio Assamo. (x)
Por: Nazma Mahando
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